31 de agosto de 2010

Fallen de Lauren Kate

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Daniel Grigori parece estranhamente familiar para Luce… Misterioso e reservado, ele chama a atenção de Lucinda no primeiro dia de aula na Sword & Cross – um internato para adolescentes problemáticos em Savannah, na Georgia. Em um lugar onde celulares são proibidos e câmeras de segurança vigiam cada canto, Daniel se torna a única alegria dos dias de Luce, quase uma obsessão.

Mas o rapaz não está nem aí para ela, e não se inibe em deixar isso bem claro. Por que ele a ignora? Luce acredita que passar o último ano no reformatório, depois que o primeiro namoradinho morreu em um misterioso incêndio, já é castigo suficiente. Talvez as estranhas sombras que sempre a atormentaram tenham alguma relação com a atitude de Daniel…

No entando, ela não consegue ficar longe dele, e a atração entre os dois acaba se mostrando inevitável, mágica. Luce precisa descobrir qual o segredo que Daniel guarda tão desesperadamente – uma verdade que poderia matá-la. Algo que, em vidas passadas, Daniel não conseguiu evitar.

Uma história envolvente repleta de mitologia, romance e mistério, FALLEN rapidamente conquistou seu lugar entre os mais vendidos do New York Times e em breve chega às telas dos cinemas pelos estúdios Disney.

Esse é aquele tipo de livro que te prende já no prólogo! Começa em 1854,  com a descrição de um amor impossível, onde um rapaz sabe que deve se afastar de uma moça antes que seja tarde demais (tarde de mais para quê???) e, então, algo acontece… Mistério!!!!

Corta para os dias atuais… Um reformatório para jovens com problemas  com a justiça. Luce está chegando – atrasada, para variar – em seu primeiro dia de aula no internato Sword & Cross. Mais para a frente, vamos descobrindo que ela foi parar ali depois da morte misteriosa de seu paquera – ele morreu queimado quando os dois estavam juntos, e Luce não se lembra de nada do que aconteceu. Ficamos sabendo também que Luce sempre viu umas sombras, que a perseguem, e que já causaram muitos transtornos em sua vida – inclusive tratamentos psiquiátricos com drogas muito fortes – até ela aprender a não falar mais sobre elas…

Mais três alunos estão chegando com ela: Cam, Todd e Gabbe.  Mas é Ariane, uma menina muito louca,  quem faz o papel de cicerone e lhe apresenta a escola e lhe fala de como é a vida nesse lugar. Que cá para nós é deprimente e gótico demais! Só para terem uma ideia: há um cemitério no terreno da escola e é  lá que os alunos cumprem detenção. E a igreja foi transformada em academia de ginástica, inclusive com piscina no lugar dos bancos e altar!

Mas nem tudo é medo e desesperança na vida de Luce. É nessa escola que ela encontra Daniel Grigori! Logo que o vê, se sente atraída. Ela tem a sensação de conhecê-lo de algum lugar e deseja mais do que tudo se aproximar dele. Infelizmente, ele não dá sinal de gostar dessas investidas e deixa isso muito claro!

Pra piorar, Cam – um lindíssimo moreno de olhos verdes – se mostra muito interessado em Luce. E, na mesma medida em que Daniel a destrata e ignora; Cam se mostra companheiro e está sempre perto para ajudá-la. Luce se vê dividida entre aceitar a atenção de Cam ou perseguir seus sentimentos e ir atrás de Daniel. E eu, apesar de não gostar muito de triângulos amorosos, amei cada segundo dessa disputa!

Para ajudá-la, Luce conta com a amizade e inteligência de Penn! Penn é a única aluna que não está na escola por ter tido problemas. Seu pai era o zelador da Sword & Cross e ela está lá com uma bolsa de estudos.  Quanto mais Luce e Penn procuram saber sobre Daniel, mais misteriosa a história vai ficando – e mais curiosos os leitores se tornam! Aliás, mistério é algo que permeia o livro todo, pois sempre que Luce (e, consequentemente, nós leitores) nos aproximamos de Daniel e da verdade, mais ele se retrai e nos frustra. E é esse mistério que traz o charme do livro e faz ser impossível de largar a leitura.

Aqui se pode ver o momento em que Luce vê Daniel pela primeira vez! Só um gostinho para aguçar a curiosidade de vocês.

26 de agosto de 2010

Era de Aquário Partes I e II de Simone O. Marques

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Felipe suspirou. O que Marina, realmente, representaria nesse jogo dos deuses? Sua menina linda, amorosa, inteligente… Não sabia o que ele, um simples homem, poderia fazer para impedir que se cumprisse a profecia. Seria o destino inexorável mesmo? Não teriam como escolher? Se o Messias cristão assumiu uma missão, se sacrificando morrendo na cruz, que missão teria a bela filha de Sara?

Épico! Essa é a sensação que tive ao ler esses livros.

Simone concluiu a Saga Paganus com maestria e nos traz uma história daquelas que não dá para se largar até chegar ao FIM. E, depois disso, já ficamos com saudades dos personagens e querendo mais e mais!

Com já comentei antes, é impossível não se apaixonar por Lucas e Sara. E agora, com Felipe e Marina ajudando, o quadro de personagens criados por Simone cresceu e me cativou ainda mais.

Como diz o resumo qual papel Marina representa nesse jogo dos deuses? É para descobrir isso que vamos virando as páginas de forma alucinada e nos esbaldando na bela escrita da autora, que traz um universo rico e cheio de mitologia e suspense.

O embate entre cristãos e pagãos é descrito de forma muito original e vemos como o fanatismo pode levar a ações cruéis e sem sentido. Não dá para falar muito da história para não dar spoilers, mas posso garantir que as cenas de combate entre os dois exércitos estão entre as melhores que já li! A tensão em não saber o que vai acontecer, torcer pelos personagens e ver como, tanto em nosso mundo quanto no mundo superior, a luta é feroz e mortal é de nos deixar roendo as unhas…

Mas nem tudo são batalhas e fanatismo! Há muito romance, muito humor, e reencontros absolutamente adoráveis e emocionantes. Rever Pedro, agora um homem feito, foi maravilhoso! Claro que, alguns reencontros não foram tão bons – Irmã Letícia e Sérgio foram os responsáveis por isso… esses eu não fazia muita questão em rever,  não! Mas eles têm um papel muito importante na Saga, e não poderiam nunca faltar!

Simone, com essa Saga, nos faz pensar muito em até que ponto temos livre arbítrio ou se somos joguetes de deuses dirigidos a um destino já traçado por profecias e sinais e eras. Acho super interessante esses questionamentos sobre  se as ações que tomamos ou o caminho que escolhemos foi por nossa própria vontade ou como designios dos deuses. Lucas, Sara, Felipe que o digam… tudo por que passaram e enfrentaram e sofreram os levaram ao momento que tanto temiam e lutaram para evitar!

Se vocês ainda não conhecem essa obra, não percam tempo e procurem – não vão se arrepender!

20 de agosto de 2010

The Missing de Shiloh Walker

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Um romance pecaminosamente sexy sobre uma mulher cujos dons psíquicos afastaram o homem amado… apenas para trazê-lo de volta anos depois em uma teia de mistério e paixão sombria…

Quando era adolescente, Taige Branch era capaz de fazer coisas com seu dom psiquico que ninguém entendia – exceto por Cullen Morgan, o garoto que roubou seu coração. Ele fazia o possível para aceitar as habilidades dela, até sua mãe ser brutalmente assassinada – e ele não pode perdoar Taige por não ter evitado essa morte.

Agora um pai viúvo, Cullen Morgan nunca se esqueceu de Taige. Mas o que a traz de volta a sua vida é um outro evento trágico. Sua amada filhinha foi sequestrada, e Taige é sua única esperança de encontrá-la.

Trabalhando juntos contra o relógio, Cullen e Taige não conseguem deixar de pensar se – caso encontrem a filha dele em tempo – não é tarde demais para o irresistível amor que ainda queima entre eles…

Shiloh Walker está rapidamente entrando para minha lista de escritoras favoritas! Esse é o segundo romance dela que leio esse mês e que novamente amei. Esse é de um estilo bem diferente, pois é um romance de suspense (o outro que li foi romance contemporâneo hot), o que mostra a capacidade da autora em variar os estilos sem perder a qualidade da escrita.

A primeira parte do livro traz Taige e Cullen se conhecendo e se apaixonando ao longo dos anos. Ela mora numa cidade litorânea, órfã, vive com o tio que a maltrata por causa do dom que possui:  ela vê e sente quando alguém está em perigo de morte – geralmente crianças – e consegue chegar a tempo de salvá-las ou levar a polícia até onde estão. Às vezes, ela revela onde está o corpo de crianças desaparecidas. Um dom muito forte e qua a desgasta muito. Ele é um rapaz rico, que vem de uma família unida e amorosa, e todo ano vem passar as férias de verão com seus pais nessa cidade. Eles se vêem de longe, se aproximam, se tornam amigos, namorados, amantes… É um amor tão lindo – Shiloh caprichou mesmo no romance – que chega a emocionar! O modo como um completa o outro, entende e aceita o outro é mesmo maravilhoso. Até…

Bom, o resumo diz que os dois se separam, então não é surpresa, mas é doloroso! Doze anos se passam antes de se reencontrarem, mas são anos em que nunca se esqueceram e continuaram a se amar. Claro que a dor e a mágoa estão presentes também – e muito forte, mas não tão forte quanto o amor.

Cullen agora um escritor de sucesso e pai de uma adorável menininha (apesar de não explicar como ou porquê ele se casou…) segue de longe a carreira de Taige. Ela se formou em psicologia e trabalha como consultora especial para o FBI, ajudando a encontrar crianças sequestradas ou desaparecidas. Quando Jillian, sua filha,  é sequestrada, Cullen sabe a quem procurar por ajuda – mesmo depois de tanto tempo, de tudo o que passaram e disseram, ele vai até Taige.

Taige o ajuda, mas quem sequestrou a garotinha é um assassino serial muito cruel – e o monstro não vai gostar nada da interferência deles em seus assuntos! O suspense é bom, mas Shiloh dá várias pistas que nos ajudam a descobrir o assassino facilmente. Contudo, as reviravoltas que ela nos proporciona, os sentimentos que transmite e a emoção que ela nos passa com essa história faz esse ser um detalhe menos importante. Fora as muitas surpresas que ela traz e que nos deixa simplesmente assombrados!

Teve um trecho que me marcou muito, uma das visões de Taige sobre o assassino – que matava de criancinhas até adolescentes. Acho que Shiloh consegue realmente nos mostrar o tipo de monstro que ele era (e o pior é que sabemos que existem monstros desse tipo de verdade em nosso mundo!):

…Beatings , harsh and pitiless. Days of starvation and dehydration. The ugly blackness of despair as the mind finally accepted what the body had already known. Death awaited, and the only question was when it would come and how painful it would be.

The young children were the worst though. They never stopped believing that somebody would come for them. That they would be saved. But they weren´t. They died screaming, broken and alone.”

(… Surras, cruéis e sem piedade. Dias de fome e desidratação. O feio negrume do desespero, quando a mente finalmente aceitava o que o corpo já sabia.  A morte aguardava, e a única pergunta era quando chegaria e quão dolorosa seria.

As crianças menores eram o pior, entretanto. Elas nunca deixaram de acreditar que alguém viria por elas. Que elas seriam salvas. Mas não foram. Elas morreram gritando, quebradas e sozinhas.)

Espero – e torço muito – para que alguma editora nacional descubra Shiloh Walker e comece a publicá-la aqui no Brasil! São romances que realmente valem muito a pena!

17 de agosto de 2010

Desaparecidas de Tess Gerritsen – Desafio Literário

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Desafio Literario

Era uma típica noite de verão em Boston. O ar abafado apressava os moradores de volta às suas casas. Não a Dra. Maura Isles. Depois de concluir a quinta necropsia do dia, ela ainda circulava pelas salas do necrotério, o cheiro da morte grudado na roupa. Ao passar por um dos corredores gélidos, a médica ouve um barulho. A longa fileira de corpos parece ter ganhado vida. O ruído tem origem em um dos sacos de cadáveres.

A pele gelada, os dedos roxos, os lábios azulados… “Mais um corpo”, pensa a médica. Entretanto, ela não imaginava que estava prestes a tomar o grande susto de sua vida.

O cadáver abre os olhos.

Com o pulso fraco e baixos sinais vitais, a jovem desconhecida é levada imediatamente ao hospital. Mas o bizarro acontecimento logo se revela fatal. Com frieza e precisão surpreendentes, a mulher mata um segurança e faz alguns reféns. Entre eles, uma paciente grávida: a detetive Jane Rizzoli.

Quem será aquela mulher violenta e desesperada? O que ela quer? À medida que as horas de tensão se acumulam, a Dra. Maura une forças com o marido de Jane, o agente do FBI Gabriel Dean, a fim de desvendar a identidade da misteriosa assassina. Quando agentes federais subitamente aparecem em cena, Maura e Gabriel percebem que estão diante de um caso que vai muito além de uma simples crise de reféns.

É o segundo livro dessa autora que leio – e estou virando fã incondicional! Tess consegue trazer muito suspense, reviravoltas e supresas, além de uma história tocante e um grito de alerta sobre a exploração sexual de mulheres.

O resumo já traz bastante do início do livro – imagine o choque da Dra. Maura ao descobrir que uma jovem vítima de afogamento passou oito horas numa câmara fria e trancada em um saco de cadáver e ainda assim estava viva! Mas quem era essa mulher?

E é aí que Tess nos prende. Logo no Capítulo 1 (que por sinal é um daqueles em que o horror corre solto, sabe daquele tipo que você não quer ver, mas não consegue desviar os olhos?) ela nos apresenta Mila, uma jovem russa de 17 anos que está tentando o sonho americano. No orfanato em que morava, ela é aliciada para trabalhar nos EUA. Segue para o México e vai de van, com mais 06 meninas, tentar a travessia da fronteira pelo deserto. É difícil ver o modo como elas foram enganadas e já sabemos o que vem pela frente… mas a realidade, conforme Mila vai nos contando no livro, é muito pior do que possamos imaginar!

O interessante é ver como Tess vai fechando o circulo e nós vamos vendo o quadro geral, mas nada é tão óbvio e nem tão fácil de descobrir! E quanto mais a gente descobre, mais o mistério cresce e mais curiosos vamos ficando para saber como tudo vai se encaixar e fazer sentido! Amo esse tipo de livro em que o autor sempre consegue estar um passo na frente, mesmo a gente estando logo na “cola” e depois, a reviravolta e a gente fica pensando: “como não vi isso????”

Amei conhecer Jane e Gabriel. Um casal apaixonado e turrão! Não é fácil quando os dois estão sempre correndo perigo – e agora quero procurar os outros livros onde eles aparecem (vi que esse é o quinto da série Isles e Rizzoli). Maura também é um personagem fascinante. Adoro livros sobre legistas – acho que é por isso que adoro CSI (todos) – e ver como os corpos podem revelar tanto sobre os assassinos.

Para mim, foi impossível não me emocionar com essa história – principalmente de Mila. Eu que sou acostumada a ler romances sobrenatural, sobre vampiros, lobos, bruxas, anjos, às vezes me esqueço dos monstros que existem de verdade em nosso mundo. E não é fácil quando uma autora nos faz lembrar disso e nos  mostra de forma tão crua como, em pleno século XXI, ainda existem escravos – principalmente sexuais – e como é fácil nos esquecermos disso. Recomendo para quem realmente gosta de suspense e uma boa trama policial e não tenha medo de se emocionar.

14 de agosto de 2010

Sem Medo do Passado de Veronica Wolff

 

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maratona banca Tema: Viagem no Tempo

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Durante as pesquisas para seu trabalho de conclusão de curso, Haley Fitzpatrick se depara com um estranho artefato que a manda de volta no tempo para a Escócia do século dezessete, e para o caminho do notório Alasdair MacColla, um guerreiro com uma presença impressionante e uma reputação sanguinária…

Deduzindo que aquela mulher com sotaque estranho é uma espiã inimiga, MacColla trata e raptá-la. Porém, a beleza e a coragem de Haley despertam no guerreiro um desejo que ele até então desconhecia…

A princípio, Haley fica apavorada diante de seu imponente raptor, mas logo ela descobre que MacColla é muito mais do que o bruto descrito nos livros de história, e compreende que ele é o homem da sua vida. Entretanto, a menos que ela consiga descobrir um  meio de mudar o passado, o guerreiro por quem se apaixonou está destinado a ter uma morte trágica…

Eu adoro o tema Viagem no Tempo e esse livro trouxe, além disso, bruxarias também. Então amei duplamente!

O começo da história foi muiiiiiiiiito lento. Haley, doutoranda em História e Língua Célticas, está estudando algumas armas para sua tese e fica fascinada com um exemplar que encontra e começa a estudar mais profundamente o artefato, seu instinto dizendo que está prestes a fazer uma grande descoberta.

Enquanto isso, no passado, Campbell – o vilão – está contratando os trabalhos de uma bruxa para derrubar MacColla. Fiona, a bruxa, faz um feitiço para trazer a mulher que derrubará Alasdair.

É quando Haley nota um pergaminho estranho, que não estava sobre a mesa quando ela começou seu estudo. Ao tocar nesse pergaminho, ela sofre uma vertigem e só volta a si num lugar estranho (a fortaleza de Campbell) e diante de um homem alto, forte, usando um kilt (não esses belos que vemos hoje em dia, mas daqueles bem puídos e com mostra de ser a roupa do dia a dia) e falando em gaélico.

Custou a cair a ficha dela de que tinha voltado no tempo! Afffff e minha paciência também já estava se acabando com essa indefinição… Mas a partir do momento em que ela aceitou e percebeu que tinha voltado para ficar com MacColla e que ele era o homem de sua vida, a história deslanchou e não consegui mais largar o livro.

O mais lindo foi ver como MacColla, descrito nos livros de história como um homem frio, cruel, assassino, é um homem super bem humorado, amável, de riso fácil e belo e até doce e romântico! As cenas de amor entre Haley e MacColla são muito lindas e intensas.

Para registrar: esse livro é o terceiro da série Highlanders. Quando entrei no site Goodreads para marcar a leitura do livro (www.goodreads.com) eu vi esse fato. Pesquisei no site da Nova Cultural e encontrei o seguinte:

CHE 318 -  O Destino de Lily – Lily Hamilton e Ewen Cameron – que equivale ao 1º da série: “Master of the Highlands”

o 2º – Sword of the Highlands – Magda Deacon e James Graham – não foi publicado no Brasil. E eles aparecem nessa história e tem uma parte muito importante tanto na pesquisa de Haley quanto na ajuda que oferecem a ela no passado.

CH343 – Sem Medo do Passado – Haley Fitzpatrick e Alasdair MacColla (Warrior of the Highlands)

e descobri que tem um 4º – com Will Rollo – que participa dessa história e é um personagem maravilhoso! Chama-se Lord of the Highlands.

Espero que a NC publique essas duas histórias que faltam!

10 de agosto de 2010

Her Best Friend´s Lover de Shiloh Walker

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Dale ama mulheres. E as mulheres o amam. Sua vida amorosa é uma porta giratória. Nenhuma especial, nenhuma permanente. Exceto Lauren, sua melhor amiga. Ela é uma mulher doce, bonita e talentosa. Sua pedra, a influência firmadora em sua vida. Então por que está começando a vê-la de forma diferente? De onde vem esses pensamentos excitantes? Homens não dormem com suas melhores amigas.

Lauren ama Dale já há cinco anos, desde que o viu pela primeira vez. Ela ama seu sorriso,  o modo como caminha, sua voz profunda e sexy. Mas ele não está apaixonado por ela. Ela é sua amiga, sua confidente. Até que numa noite muito quente…

Um romance delicioso! Daqueles que você começa e não consegue mais parar de ler.

Dale sofreu uma grande desilusão amorosa. A mulher que ele ama – Nikki – preferiu deixá-lo e voltar para o ex-noivo, que a abandonou após engravidar outra mulher pouco antes do casamento. Agora Dale pula de mulher em mulher, que geralmente são parecidas com Nikki, e não tem espaço em sua vida para uma família ou amor.

Sua melhor amiga é Lauren, sua vizinha. É ela quem ouve suas confidências, quem segura sua barra quando tem noticias de sua ex e entra em depressão. É ela quem o ajuda e o mantém são. O que ele nem imagina – e nem enxerga  - é que ela é absolutamente apaixonada por ele e sofre horrores ao vê-lo sempre com uma mulher diferente. E o pior! Ver essas mesmas mulheres saírem com um sorriso satisfeito após passarem a noite na casa de Dale…

Lauren também não teve uma vida fácil. Seu pai abandonou a ela e sua mãe quando ela era pequena. Aos 10, foi abandonada pela mãe. Criada em lares adotivos, sofrendo assédio de guardiões, ela teve de aprender, desde cedo,  a contar somente consigo mesma. É duro para ela se ver tão apaixonada e não ser correspondida.

Até que um dia, ela não aguenta mais e explode e resolver romper essa amizade. Claro que dura apenas uma semana… E quando ela vai se desculpar, encontra Dale completamente bêbado – ele tinha recebido uma carta informando que a ex estava grávida novamente – e os dois acabam transando. Ele não se lembra de nada, e ela prefere assim. Mas ela acaba grávida… E é aí que o romance começa!

A mudança de Dale é fantástica e Lauren luta para permancer independente, mas acaba se rendendo. Já dei muitos spoilers e vou parar por aqui. Só digo que tem horas que você quer agarrar Dale e fugir com ele – por ser tão fofo! Mas tem horas que dá vontade de bater na cabeça dele e gritar – Como você é burro!!!! Lauren não fica muito atrás – e acho que é isso que torna a história tão interessante e única, mesmo com um tema tão explorado no mundo dos romances.

Foi meu primeiro livro dessa autora. E quer saber: adorei! E sabe o que mais: tem um livro dela que faz tempo está em minha wish list – No longer mine – que essa semana estava revendo. E é bem a história da Nikki! Acho que vou ter de comprar mais um livro…

4 de agosto de 2010

Sinful de Charlotte Featherstone

sinful_605439 Na Inglaterra Vitoriana, vícios de todos os tipos podem ser comprados e Matthew, o Conde de Wallingford, certifica-se de beneficiar-se de cada prazer possível. Entediado e cansado, ele é tão famoso por sua frieza, quanto por seus relacionamentos imorais com belas mulheres.

Enquanto esses numerosos flertes preenche as necessidades físicas de Matthew, eles secretamente  deixam-no embotado e emocionalmente vazio. Até uma noite, quando se vê espancado, com os olhos enfaixados e aos cuidados de uma enfermeira com a voz de anjo – e um toque gentil que acalma a escuridão dentro dele e o faz ansiar por mais.

E Jane Rankin é uma humilde enfermeira, considerada tímida e sem atrativos pela maioria. Não há lugar para ela entre os lords e ladies da aristocracia – apesar do crescente desejo de Matthew pelo fogo que queima por debaixo da fachada séria. E então há o segredo de Matthew. Um segredo tão humilhante e escandaloso que poderá destruir todos a quem ele ama. Um pecado, ele teme, que nem mesmo o amor de uma boa mulher poderá apagar…

Um romance intenso, supreendente e belo! O resumo acima me atraiu e a história criada por Charlotte me encantou e me fez rir e chorar e sofrer e amar junto com Matthew e Jane.

Logo no começo do livro percebemos o quanto Matthew é sofrido! E não demoramos a perceber que ele sofreu abuso sexual na infância. Esse fato o fez ficar frio, distante, não suportar ser tocado e encarar o sexo como algo apenas  físico e animal e punitivo – tanto para ele quanto para suas parceiras.

Outro diferencial é que, ao invés dos salões de bailes e debutantes, vemos a sordidez dos bordéis, dos prostíbulos e da imoralidade da nobreza que se faz de pudica e cheia de moral em público e, no privado, se joga em todo vício e prazer e perversão que o dinheiro possa comprar.

Depois de mais uma noite de bebedeira e prazeres, Matthew se vê atacado por assaltantes e é ferido na cabeça. Como estava na parte mais perigosa e pobre da cidade, acaba indo parar no Hospital Universitário de Londres, onde é cuidado por Jane.

Jane é outra personagem sofrida. Ela é filha bastarda de um aristocrata. Sua mãe era amante do safado que, depois de se casar com a mulher escolhida pela familia, jogou Jane (então com sete anos) e sua mãe na rua, sem nada. A mãe dela então se tornou prostituta. E assim Jane cresceu na miséria e no abandono, até ser recolhida por uma Lady que a educou e a transformou em dama de companhia.

Lady Blackwood também não é uma mulher qualquer. Depois de cansar de apanhar do marido, ela pede o divórcio e vai morar sozinha. Pária na sociedade, ela incute em Jane o desejo de aprender a se manter sozinha, sem depender da ajuda de homem algum. Jane a ama como a uma mãe e faz tudo por ela, inclusive trabalhar de enfermeira no Hospital Universitário, como forma de pagar as dívidas médicas da velha senhora.

Jane e Matthew são tão diferentes quanto a noite do dia! Ele belo, frio, com língua ferina. Ela, sem atrativos físicos, amorosa e tímida. Mas os dois vem de um passado sofrido, torturado. O encontro de almas é lindo, mas para os dois se aceitarem e se entenderem vai um bom tempo. Há muita dor e desconfiança e orgulho e segredos entre eles e isso faz com que a descoberta e entrega ao que realmente sentem um pelo outro seja um processo muito difícil e sofrido.

Sem dar muitos spoilers não posso deixar de comentar que Jane – o patinho feio – não muda fisicamente. Ela continua a usar óculos, com suas sardas, suas roupas simples e sem enfeites. Mas Matthew vai aprendendo a considerá-la linda e a vê-la cada vez mais encantadora. E Jane vai conseguindo descobrir que “seu” Matthew vive escondido e amedrontado dentro do devasso Wallingford.

E nós, leitores, vamos vendo a maestria de Charlotte ao conseguir nos mostrar as menores nuances dos sentimentos dos personagens e nos surpreender com uma trama pouco comum e com muitas reviravoltas. O final foi mesmo uma surpresa – estava louca para ver como ela ia fazer para resolver as situações que criou e, apesar de não ser bem o que eu esperava, foi o mais certo para os personagens e trama e época. E não posso negar que foi muito bom!

E, para agradar seus leitores, ela ainda disponibilizou um epílogo de 25 páginas no site dela – um verdadeiro deleite.