30 de agosto de 2009

The Iron Hunt de Marjorie M. Liu

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Fumaça prateada se enrosca ao redor de meu torso, descascando-se de minhas costelas e costas, roubando a névoa escura que cobre minhas mãos e extremidades inferiores… tatuagens se dissolvendo em demônios, aglutinando-se em pequenos corpos escuros. Meus meninos. Os únicos amigos que tenho no mundo. Demônios.

Eu sou uma caçadora de demônios. Eu sou um demônio. Eu sou Hunter Kiss.

Durante o dia, suas tatuagens são sua armadura. À noite, elas descolam de seu corpo e tomam a própria forma – demônios da carne, transformados em carne. Essa é a única família que a caçadora de demônios Maxine Kiss sempre conheceu. É a única maneira de viver, e o modo como morrerá. Porque um dia, seus demônios a abandonarão por sua filha para assegurar a própria existência – deixando Maxine sem ajuda contra seus inimigos.

Mas essa é a vida da última protetora da Terra – a única a ficar entre a humanidade e os demônios que estão escapando do véu da prisão. É uma vida onde falta amor, jubilando-se na morte, até um momento – e um homem – mudar tudo…

 

Marjorie M. Liu foi uma das boas descobertas que fiz ano passado. Você pode ler a respeito aqui

Esse livro estava em minha pilha já há um ano e eu sempre o deixava de lado – tantos livros, tão pouco tempo… Resolvi parar de fugir e ver como estavam Grant e Maxine. Meu medo, acho, era descobrir que ela o havia abandonado. Mas não. Eles continuam firme e forte e com a mesma doçura e companheirismo de que me lembrava.

Essa é uma história sombria, cheia de segredos e reviravoltas.  Já sabemos que Maxine é uma caçadora de demônios e responsável pela prisão onde eles foram desterrados depois de uma guerra “cósmica”. Ela é a última de sua linhagem. Uma linhagem de guerreiras que carregam os meninos (já falei que adoro os pequenos demônios?) e que passam seus dons e conhecimentos para as filhas. Nunca se falou de um “pai” – somente mãe, avó e incontáveis ancestrais femininas.

A barreira foi rompida e algo passou para nosso mundo. Algo tão terrível que até os demônios que ficam mais próximos ao véu e seguem a rainha Blood Mamma estão assustados. Maxine tem de enfrentar esse ser e recebe ajuda e também é atrapalhada no decorrer do caminho. A única constante em sua vida é Grant e o amor que compartilham.

Neste livro surgem novos personagens. Um deles é  Jack, um arqueólogo já idoso e que se revela avô de Maxine, mas com tantos segredos e mistérios que não se sabe se ele veio ajudar ou atrapalhar. Outro personagem importante é Byron, um menor de rua também muito misterioso e que Maxine resolve ajudar. Há também Oturu, um demônio caçador e que ajudou uma das ancestrais de Kiss,  e Tracker, esse tão misterioso que nem sei se é demônio, homem ou alguma outra coisa.

Tracker também teve algum relacionamento  com uma ancestral de Maxine (ela teve deja vu dos dois lutando lado a lado), que o vendeu a Oturu. Por isso há muito ódio da parte dele contra a Caçadora. Mas teve horas que temi pela formação de um triângulo amoroso, pois ele foi descobrindo que Maxine é muito diferente das mulheres da família e ele e Grant sempre se estranhavam quando estavam próximos.

Não foi um livro que consegui ler rapidamente. A narrativa em primeira pessoa e a linguagem bela e consistente e suave de Marjorie fizeram com que cada parágrafo, cada capítulo tivessem de ser lidos com calma e cuidado. E, por ser no estilo Urban Fantasy, ainda muitas perguntas ficaram sem respostas e muita curiosidade ficou no ar… Resta prosseguir com a série. O próximo volume já está comigo – Darkeness Calls – e não vou levar um ano para lê-lo.

28 de agosto de 2009

Minha pilha a Ler # 2

Nessas duas semanas, o carteiro me trouxe vários livros. Alguns tinha pedido em pré-venda e outros depois de recomendações e pesquisas.

minha lista a ler #  2 002

 

 

minha lista a ler #  2 003

Esses são de séries que acompanho: Talions, The Final Prophecy, Alfa & Omega, Demonborn, Warriors of Poseidon e The Chosen Ones.

 

 

 

 

 

 

minha lista a ler #  2 004

Esses são da Deborah MacGillivray – autora de A Feiticeira das Terras Altas.

Essa série é contemporânea e ainda vou começar. Vi no site dela e achei interessante. Depois dou minha opinião.

 

 

 

Aproveitei também uma promoção no Submarino e comprei a Trilogia Força Sigma – estava com um ótimo preço - R$ 39,90 -  e ainda consegui um desconto!

minha lista a ler #  2 005

24 de agosto de 2009

Selinhos!!!

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Recebi esse lindo selo de La Sorcière. Adorei!!! Obrigada.

Vamos às perguntas:

1) Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?  Terminei Coração Apaixonado e agora estou lendo The Iron Hunt, da Marjorie M. Liu.

2) Qual seu livro preferido? O Perfume, de Patrick Susskind. Já li umas 05 vezes, mas faz muito tempo que não releio.

3) Autor, capa, recomendação ou sinopse? – Todos são fatores que me levam ou levaram a comprar uma obra.

4) Um livro que não consegue terminar de ler. Tem um da Karen Chance, que li só uma página e meia e deixei de lado. Quem sabe um dia retomo a leitura.

5) Aquele que não sai de sua cabeceira. O que estiver lendo no momento.

6 ) Escritor Preferido: Ai, são tantos: Stephen King, J.R. Ward, Nalini Singh, Lara Adrian, Gena Showalter, Sherrilyn Kenyon, Jacquelyne Frank, Alexis Morgan, Marion Zimmer Bradley – entre outros que me fazem comprar livros e mais livros por causa de séries (adoro séries!).

7) Eu recomendo. Trilogia Millenium, os da Chelsea Cain, Nora Roberts, Stephen King.

8) Eu não recomendo. Bom eu particularmente detesto auto-ajuda e afins.

9) Eu passo esse selo para:

Celsina do Uma Janela Secreta

Natália do Meninas da Bahia

 

Meu_selinho_-_Dia_do_Amigo

Esse eu ganhei da Celsina. Obrigada!! Gostei muito por ter sido lembrada por você!

Vamos às regras: Escolher cinco blogs e dizer porque escolheu:

Lili do Nossos Romances, pois além de ter um blog maravilhoso e  ser uma pessoa carinhosa, foi ela quem me apresentou à blogsfera quando me convidou para fazer parte da equipe do Um Livro no Chá das Cinco.

Tonks do Romances in Pink pois é uma pessoa maravilhosa que sempre está disposta a ajudar e seu blog é um encanto! Estou sempre lá em busca de novas indicações.

Vivi do Romance Gracinha  é uma pessoa sempre alto astral e com um gosto muito apurado. Sempre estou de olhos nas novidades que ela apresenta lá no blog.

Alê do La Sorcière é uma amiga que fiz na blogsfera  e é um encanto de pessoa. Tem um blog muito bonito e que expressa o carinho que ela tem para com o leitor.

Débora do Leitura Nossa de Cada Dia outra amiga virtual que é um doce de pessoa e que sempre me apresenta novidades e tem um blog super gostoso.

22 de agosto de 2009

Coração Apaixonado de Chelsea Cain

No grande sucesso Coração Ferido, Chelsea Cain nos apresentou a Archie Sheridan e Gretchen Lowell. Ele é um detetive da polícia de Portland, Oregon; ela é a Beleza Mortal, uma serial killer tão estonteante quanto inteligente e cruel. Nas palavras do romancista Chuck Palahniuk (Clube da Luta), “a assassina mais original e cativante desde Hannibal Lecter.”

Há dois meses, Archie se mudou de volta para a casa onde vivia com sua esposa e seus filhos, na tentativa de recontruir sua vida. Mas as marcas deixadas em sua psique desde aqueles dez dias de tortura nas mãos de Gretchen, muitos meses atrás, são tão visíveis quanto as de seu corpo. Distante emocionalmente de sua família, ele não concebe mais uma existência sem a excitação, o perigo, o carisma e a fala suave de Gretchen. A investigação de um assassinato que parece envolver um político importante da cidade o ocupa, mas não afasta de sua cabeça os pensamentos autodestrutivos: o corpo foi encontrado no local onde Gretchen deixara sua primeira vítima, mais de dez anos atrás.

Archie precisa dar cabo da ameaça que a Beleza Mortal representa para a comunidade local e para a sanidade de sua família. E, quando ela escapa da prisão, ele percebe a oportunidade definitiva para isso. Mesmo que precise oferecer a si próprio em sacrifício. O que não seria uma má idéia, se lhe permitisse saciar a paixão que sente.

Tentei ler esse livro bem devagar, mas foi impossível! As cenas se sucedem e as reviravoltas e as investigações tudo faz com que não se consiga parar com a leitura.

Chelsea é fantástica nas descrições e na apresentação das cenas. Veja o primeiro parágrafo:

“Forest Park era lindo no verão. Mal se via o céu cinzento de Portland para além do teto de choupos, abetos e bordos que filtravam a luz, até convertê-la em um verde-claro trêmulo. Uma leve brisa acariciava as folhas. Ipomeias e heras escalavam os troncos das árvores recobertos de musgo e sufocavam as amoras silvestres e samambaias, uma profusão de trepadeiras rastejantes que se amontoava até a altura da cintura de cada um dos lados do caminho apertado e sujo. O riacho sussurrava e se agitava, pássaros cantavam. Tudo era adorável, como se saído das páginas de Walden, ou A vida nos bosques, a não ser pelo cadáver.”

As surpresas e reviravoltas foram sensacionais! Chelsea consegue te conduzir pela cena e te surpreender tão rapidamente, que você precisa reler para se certificar que entendeu corretamente. A solução do mistério nesse livro é algo que eu realmente não suspeitava!

Archie está tentando recomeçar seu casamento e sua vida, mas não sei se ele realmente se esforçava. Teve horas que queria torcer o pescoço dele, em outras queria ajudá-lo e protegê-lo. Mas, mesmo com todos os problemas, ele é brilhante para entender e decifrar os crimes.

Susan, agora de cabelo azul (Turquesa Atômico), investiga e trabalha na reportagem contra o Senador Castle. Ela também é brilhante – do jeito dela – e consegue se meter em confusões e perseguições, mas também é boa de raciocínio e de compreender o grande cenário – se bem que, ela também é ótima em meter os pés pelas mãos…

Gretchen continua a mesma psicopata de sempre. Essa obsessão dela com Archie me fascina, pois dizem que psicopatas não têm sentimentos. Claro, eles gostam de brincar com as pessoas, então penso que ela ainda não terminou o que começou com ele. A relação entre eles me deixa dividida: não sei como tratá-la – é amor? é obsessão? é doença? - Compreendo que ele precise exorcisá-la de sua mente, mas fico com raiva em como ele é impotente e/ou não se esforça para isso.

Acho que a melhor definição desse livro foi dado pela própria Chelsea:

“Esta é uma história de amor na medida em que estas duas pessoas têm uma obsessão pela outra. Não é saudável. Não é romântica. Mas há nela uma intimidade que é semelhante ao amor, ou ao que se entende por amor em relacionamentos manipuladores, violentos, terrivelmente conturbados.”

19 de agosto de 2009

Seize the Night de Sherrilyn Kenyon

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Salve Glorioso Leitor:

Eu nasci como filho nobre de um lendário Senador Romano. Caminhei no mundo antigo como um general, admirado e supremo até que uma brutal traição fez com que eu comercializasse minha alma. Agora sou um Dark-Hunter imortal, jurado a proteger a humanidade da escória maligna que a assombra. Através dos séculos eu vi muita coisa assustadora: pragas, pestes, disco music…

E agora Tabitha Devereaux. Uma humana, ela se treinou para lutar contra vampiros com tanta habilidade quanto qualquer Dark-Hunter. Peculiar e incomum, ela é minha maldição pessoal – e, ainda assim, ela me diverte. Só têm dois pequenos problemas. Acontece que ela é a irmã gêmea de meu inimigo mortal. Além disso, Tabitha e sua irmã estão sendo perseguidas por um poder que não vai descansar até que todos os que ela ama estejam mortos.

Ao contrário de meus companheiros Dark-Hunter, eu conto apenas comigo mesmo. Eles me desprezam e eu voltei minhas costas a eles. Mas a única forma de salvar Tabitha e sua família é encontrar uma forma de contornar uma disputa de dois mil anos.

Eles dizem que os opostos se atraem, mas podem permanecer juntos mesmo quando As Moiras conspiram para separá-los? Mas então, as Moiras nunca enfrentaram alguém como Tabitha Devereaux antes. Elas que se preparem para uma grande luta…

Valerius Magnus

Estava super curiosa por essa história! Foi com controle absoluto que consegui seguir a ordem dos livros e não pular logo para esse!

Valerius é um personagem que me chamou a atenção logo no ínicio. Primeiramente, pensei que ele fosse o mesmo que tivesse torturado e matado Kyrian, mas depois descobri que era o neto dele. Mas com a mesma aparência!

Os poucos romanos que se tornaram Dark-Hunters são desprezados pelos outros – de maioria grega ou de alguma outra etnia conquistada por Roma. Valerius sofre calado e com muita classe. Ele faz o trabalho dele de forma exemplar e evita se encontrar com aqueles a quem sua família feriu ou perseguiu. E, para ajudar, Artemis o mandou para a cidade onde dois de seus piores inimigos moram e têm uma grande rede de família e amigos. Assim, sua solidão é total.

Até que numa noite, ele vê uma mulher lutando contra um grupo de Daimons. E ela luta de forma espetacular! Quando vai ajudá-la, acaba sendo esfaqueado pela mulher. Tabitha percebe então que, novamente, esfaqueou um Dark-Hunter. E, como não o conhece, logo percebe que é Valerius – arqui-inimigo de seu cunhado e odiado por toda sua família. Ela o leva para casa e, como é empata, consegue ver que o jeito frio e controlado dele é a defesa que usa contra o desprezo e ódio que o cerca.

Adorei ver o sério Valerius sendo seduzido pela irrevente Tabitha! Ele é todo pomposo e orgulhoso de sua herança e ela vive a vida sem prestar contas a ninguém, com grande liberdade e prazer. Algumas cenas foram muito lindas, como quando ela pediu que ele fosse o acompanhante de sua amiga Drag-Queen em um concurso de beleza – e ele foi e se comportou de modo maravilhoso!!! Ou quando ela conta a irmã de quando ela e Valerius foram a um restaurante ultra-sofisticado e ela cometeu uma gafe – comeu os legumes que eram o arranjo de mesa – e ele a acompanhou na gulodice quando o garçom se mostrou chocado.

Outros fatos sobre o mundo dos Dark-Hunters aconteceram nesse livro que me surpreenderam (Sherrilyn sempre me surpreende). Algumas situações foram meio fantasiosas, mas, quando estamos lendo livros que falam de vampiros e deuses e mitologia, sempre devemos ter a mente aberta para a fantasia…

18 de agosto de 2009

Winter Born de Sherrilyn Kenyon

 

Dante está em Atlanta para a maior convenção de Ficção Científica do Mundo – Dragon Con – com o objetivo de encontrar novas bandas para tocar em seu clube. O que ele não esperava era encontrar uma pantera fêmea fugindo de seus inimigos.

Tudo o que Pandora queria era ficar em paz, mas quando encontra Dante cara a cara, ela percebe que até mesmo panteras ferozes podem ter um coração…

Uma história curta e muito interessante!

Dante já havia aparecido no livro do Wulf – Kiss of the Night. Ele é dono do Dante´s Inferno, um clube onde Were-Hunters, Dark-Hunters, Apollites e Daimons se encontram, juntamente com humanos. É também  o clube onde Cassandra foi atacada pelos Daimons e conheceu Wulf.

Agora, seguindo o conselho de Acheron, Dante veio a Atlanta para garimpar novas bandas para seu clube. Junto com ele vieram Romeu, Leo e Mike – seus irmãos. Só que ele não contava com a presença de Pandora…

Pandora é uma pantera fêmea Arcadiana que está em seu primeiro ciclo de cio. Ela foi deslocada de seu tempo (ela é do futuro) para ser obrigada a servir um clã de machos Katagaria. Ela conseguiu fugir e veio atrás de Acheron, para que ele a ajude a retornar a seu tempo.

O encontro de Dante e Pandora é muito intenso! E, como a história é curta, tudo é resolvido rapidamente. Mas de forma muito bonita e romântica. E, claro, há o humor na forma dos gêmeos Leo e Mike e de Simi roubando a cena, como sempre.

Gostei da história, principalmente por revelar o mundo dos Were-Hunters pantera. Diferente dos lobos, que vivem juntos, os machos e fêmeas panteras vivem em clãs separados e só se unem na época do cio. E, quando há filhotes, são entregues aos pais depois de desmamados, para que os machos os criem.

16 de agosto de 2009

Frio na Espinha de Karin Slaughter

frio na espinha

Sara Linton, médica legista na pequena cidade de Heartsdale, é convocada a examinar um aparente suicídio no campus da universidade local.

O corpo mutilado fornece poucas pistas, e a reitoria está preocupada em evitar escândalo. Mas para Sara e seu ex-marido, o chefe de polícia Jeffrey Tolliver, as peças da misteriosa morte não se encaixam perfeitamente…

Ainda mais quando, em um curto espaço de tempo, mais dois casos duvidosos de suicídio abalam o condado, além de uma jovem brutalmente violentada.

Para Sara, a violência parece estar fechando um círculo ao seu redor. Enquanto Jeffrey segue a pista do suposto assassino, descobre que a ex-policial Lena Adams, atualmente segurança do campus, pode guardar informações cruciais.

Inconformada com sua expulsão da polícia, Lena não parece capaz de proteger a si mesma, sem falar em salvar a próxima vítima…

Com Frio na Espinha, Karin Slaughter confirma suas qualidades como ótima escritora policial. Dotada de um talento para os mínimos detalhes, vem recebendo elogios de autores consagrados como Michael Connelly e Tess Gerritsen.

 

Gostei muito da história e o modo como as situações foram se sucedendo. Logo no início há o aparente suicídio de um rapaz – encontrado morto embaixo de uma ponte, tem toda a característica de que ele se jogou para a morte, -  mas Sara e Jeffrey sentem que há mais na cena e no corpo do que eles conseguem perceber. Depois há mais dois suicídios altamente duvidosos e que os levam a pensar em um assassino serial solto no campus.

Ao mesmo tempo, vemos Lena totalmente perdida depois de ter saído da polícia. Infelizmente, aqui no Brasil não foi publicado o livro entre Cega e Frio na Espinha, então não se sabe o que aconteceu para forçá-la a abandonar o cargo de detetive. Mas dá para perceber uma grande tensão entre ela e Jeffrey e que impede que eles se ajudem durante a investigação – afinal Lena faz parte da equipe de segurança da faculdade e poderia ser um elo entre a polícia e alunos e professores. Só que, toda vez que tentam conversar, ela e Jeffrey se fecham e só conseguem se magoar e se afastar ainda mais um do outro. Além disso, há o fato de Lena se envolver com um rapaz estranho e violento e que está na condicional. Um relacionamento doentio, na minha opinião e na de Jeffrey também.

Sara e Jeffrey ainda estão no mesmo chove não molha no relacionamento deles. Dois teimosos que se amam, mas que têm enorme dificuldade em se acertarem. Mas pelo menos, na parte profissional continuam super competentes e, mesmo com todos os problemas de ordem pessoal que enfrentam nesse livro, conseguem trabalhar juntos maravilhosamente bem.

Karin conseguiu construir um suspense muito interessante – dessa vez não consegui descobrir o assassino, nem mesmo suspeitei dessa pessoa e o final conseguiu me deixar de boca aberta e pensando: Não acredito!!!! Um suspense policial que recomendo!

10 de agosto de 2009

Mais Selinhos…Oba!!!

Ganhei mais dois Selos… Fico muito feliz com o carinho que recebo das amigas blogueiras! Muito Obrigada.

lindo   Esse eu recebi de La Sorcière e da Celsina 

Regras:

1. Linkar quem te indicou: http://umajanelasecreta.blogspot.com/ e

http://alelasorciere.blogspot.com/

2. Responder às perguntas:

Por que seu blog é lindo?

Acho que é porque tento dar o melhor de mim nas postagens e adoro ver os comentários e responder aos elogios e críticas e pedidos da melhor forma possível.

Qual a palavra mais linda?

Compartilhar.

Qual o sentimento mais lindo?

O amor.

 

re_)_letras_saltitando_renata Esse eu recebi da Celsina

Regras:

Listar 5 desejos de consumo que te deixariam glamurosa e indicar 10 blogs amigos para receberem o presente:

1. Eu adoraria ter uma grande biblioteca toda organizada  e com um lindo canto sossegado para a leitura.

2. Adoraria ter dinheiro para poder viajar pela Europa, Ásia e América e conhecer novas culturas e novos lugares e pessoas.

3. Adoraria poder acolher a ajudar os animais abandonados (igual a Celsina) e que existisse uma lei mais rigorosa para punir quem maltrata bichinhos indefesos.

4. Gostaria de ter tempo e dinheiro para poder me dedicar mais ao estudo de linguística e história.

5. Adoraria ganhar na Mega Sena acumulada – sozinha.

Quanto às indicações, dedico a todos que me acompanham! Vocês é que deixam esse espaço lindo e glamuroso!

 

 

9 de agosto de 2009

Cega de Karin Slaughter

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A pacata Heartsdale, na Georgia, entra em pânico quando Sara Linton, pediatra e médica-legista da cidade, encontra Sibyl Adams, uma jovem professora universitária, morta em um restaurante local. Além de ter sido violentamente estuprada, Sybil fora esfaqueada: dois cortes profundos formavam uma cruz macabra na altura do estômago. No entanto, quando Sara realiza a autópsia, a brutalidade do assassino é revelada em toda a sua extensão.

O chefe de polícia, Jeffrey Tolliver, ex-marido de Sara, está a frente da investigação. Quando uma segunda vítima é brutalmente crucificada alguns dias depois, ele tem de encarar o fato de que o assassinato de Sibyl não fora um ataque pessoal, um caso isolado. Na verdade, um estuprador sádico aterrroriza o Condado de Grant.

Jeffrey não está sozinho em sua busca. Lena Adams, a única detetive da cidade, quer justiça a qualquer preço, uma vez que Sibyl é sua irmã. Sara também não consegue escapar do horror. Um segredo de seu passado pode ser a chave para descobrir o assassino – a menos que ele a encontre primeiro.

 

Gostei muito da história. Um suspense policial bem amarrado e um time de investigação muito bom.

A crueldade e esperteza do assassino estuprador é bem relatada – e quem se ressente de descrições pormenorizadas, pode não gostar muito. Eu, particularmente, adoro livros em que os legistas participam da investigação e vão revelando toda a monstruosidade dos psicopatas. Acho que de tanto assistir CSI fiquei mórbida…

Fora isso, há também as tensões entre os personagens e o relato do modo de vida de uma pequena e pacata cidade que se vê sacudida por crimes bárbaros e sem explicação. Eu consegui descobrir o assassino somente no final e por um pequeno detalhe, mas fiquei muito supresa!

Um ponto que não me agradou muito foi o relacionamento de Sara e Jeffrey. Os dois são excelentes profissionais e fazem seu serviço direitinho, mas quando chega a vida pessoal são dois paspalhos e metem os pés pelas mãos. Mas como é uma série (e infelizmente só dois livros foram lançados no Brasil até agora) dá para entender o porquê disso.

Série Condado de Grant:

Blindsighted (Cega) – 2001

Kisscut – Não publicado no Brasil – 2002

A Faint Cold Fear (Frio na Espinha) 2003

Indelible – Não publicado no Brasil – 2004

Faithless – Não publicado no Brasil – 2005

Beyond Reach – Não publicado no Brasil – 2007

Undone – Não publicado no Brasil – 2009

Espero que logo se publiquem os outros por aqui, pois é uma leitura muito interessante e um bom suspense policial.

7 de agosto de 2009

Night Play de Sherrilyn Kenyon

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Bride McTierney está cansada dos homens. Eles são estúpidos, egocêntricos e nunca a amam do jeito como ela é. Mas embora ela se orgulhe em ser independente, bem lá no fundo ela ainda sonha com um cavaleiro de armadura brilhante.

Ela só não esperava que seu cavalheiro de armadura brilhante tivesse uma brilhante cobertura de pêlos…

Perigoso e torturado, Vane Kattalakis não é o que parece. Muitas mulheres lamentam que seus namorados sejam cachorros. No caso de Bride, ele é um lobo. Um lobo Were-Hunter. Jurado de morte pelos inimigos, Vane não está procurando por uma companheira. Mas as Moiras marcaram Bride como sua. Agora ele tem três semanas para convencer Bride de que o sobrenatural existe ou ele passará o resto da vida castrado – algo que nenhum lobo com auto-respeito pode aceitar…

Mas como um lobo convence uma humana a confiar sua vida a ele quando seus inimigos estão tentando acabar com a dele? No mundo dos Were-Hunters é realmente lobo-comendo-lobo. E apenas um homem alfa pode vencer.

Bride é gordinha, alta e se sente desconfortável com isso. Namora Taylor há cinco anos e ele sempre a coloca em regimes, academias e tenta mudá-la a todo custo. Um dia, depois de ter conseguido sucesso como âncora de um jornal de TV, ele simplesmente escreve um bilhete e informa Bride que quer alguém com melhor aparência em sua vida…

É quando surge Vane! Ele é um Were-Hunter lobo e já havia visto Bride, de passagem, quando estava ajudando Talon a proteger Sunshine. Ele se sentiu imediatamente atraído por ela, mas não a perseguiu na ocasião. Agora, depois de 08 meses de sofrimento e desesperança e muitos problemas ele a vê na loja dela e decide que chegou a hora! E para Bride, não há hora melhor!

Esse primeiro encontro é quente e eleva muito a auto-estima de Bride. Afinal Vane é “absolutamente lindo” como ela mesma define. Só que, além do sexo, há o destino… Bride e Vane são marcados como companheiros. – Uma explicação: no mundo dos Were-Hunters, sabe-se que há um companheiro destinado a cada um. O que ocorre é que, depois de algumas horas do ato sexual, surge uma marca na mão do homem e da mulher, sinalizando que o Destino os fez um para o outro. Mas, a escolha é sempre da mulher. Ela pode se negar a “casar” com o homem escolhido pelo destino. Nesse caso, o homem ficará impotente pelo resto da vida, ou até a mulher morrer. A mulher poderá seguir com sua vida normalmente, mas nunca terá filhos, pois isso só é possível com o seu parceiro escolhido pelo destino. – Bem interessante todo esse poder para as fêmeas.

Então, Vane agora tem de convencer Bride a aceitá-lo no prazo de três semanas (que é o prazo para a mulher aceitar ou não a união) ou ficar impotente pelo próximos anos. O problema é que Vane está sendo perseguido por inimigos, está com o irmão Fang incapacitado e não tem como proteger Bride e o irmão ao mesmo tempo. Sem falar que Bride não sabe da existência do sobrenatural e não se tem como saber como ela vai reagir ao saber que o belo homem cortejando-a é um lobo.

O que mais amei em Vane é que ele queria Bride justamente da forma como ela era. Ele não queria que ela mudasse e era tão, mas tão carinhoso com ela que acabou me conquistando também…

Enfim, um livro com muito romance, ação, suspense e muito humor!

Vou colocar um trechinho que achei o máximo. Taylor vai até a loja de Bride devolver as coisas e móveis dela que estavam no apartamento que dividiam. Vane está em forma de lobo, para poder protegê-la e observá-la e ouve a discussão. Taylor começa a ofendê-la e…

Ela lhe lançou um olhar cheio de reprovação.

- Você é um idiota! O que foi que vi em você?

Ele estendeu os braços como se exibindo para ela e sorriu: – O mesmo que toda mulher vê em mim, baby. Encare a realidade, nós dois sabemos que você nunca mais vai conseguir que outro cara tão bonito quanto eu se interesse por você.

… (há uma ligeira discussão e eles saem da loja)

Taylor abriu a boca para responder, então a fechou quando uma motocicleta se aproximou deles.

Bride franziu a testa enquanto o motoqueiro parou em frente ao Alfa Romeo bem ao lado de sua loja. No momento em que o motoqueiro tirou o capacete, seu coração acelerou.

Era Vane – e não o peludo.

Vestido em uma jaqueta de couro negro e jeans desbotados ele estava super apetitoso.

E sua beleza rude deixava a aparência de bom moço de Taylor no chinelo.

Taylor os encarou enquanto Bride se aproximava de Vane, que estacionou a moto e então passou uma perna longa e masculina por cima da motocicleta. Em um movimento fluido, ele a puxou para ele e a beijou como se fosse em um filme.

- Oi Bride. – ele disse contra os lábios dela.

Ela sorriu para ele. – Oi

- Quem diabos é esse aí? – Taylor perguntou.

Vane o olhou de cima a baixo como se não o considerasse muito. – Sou o amante dela, quem diabos é você?

Bride mordeu os lábios quando a felicidade a percorreu. Ela poderia beijá-lo novamente por isso.

- Sou o namorado dela.

- Ah! – disse Vane – Você é a porcaria do idiota. – Ele olhou para Bride – Pensei que tivesse se livrado dele.

Ela sorriu ainda mais do que antes e lançou um olhar maligno para Taylor – Eu me livrei, mas ele voltou…implorando.


6 de agosto de 2009

Kiss of the Night de Sherrilyn Kenyon

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Caro Leitor,

O que se tem quando se junta um guerreiro Viking imortal de quem ninguém se lembra cinco minutos depois que ele se afasta, uma princesa que está fugindo para salvar a própria vida e um semi-deus verdadeiramente irritado? Basicamente, você vê o que é minha vida.

Tudo começou de uma forma bem simples. Uma noite eu fui salvar a vida de uma mulher com problemas. Logo depois, a porta do inferno se abriu e dali sairam Daimons – vampiros como nunca foram visto antes. Liderados pelo filho de Apolo, eles estão tentando acabar com a maldição que os baniu para a escuridão.  O único problema é que para isso eles terão de matar Cassandra Peters  e,  se ela morrer, o sol também morre, e a Terra e tudo o que vive nela.  A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, não?

Unidos pelo destino, agora é meu trabalho proteger a filha da própria raça que venho caçando há séculos. Nenhum de nós ousa confiar no outro. Mas ela é a única que se lembra de mim…Mais do que isso, com sua coragem e força ela é a única que conseguiu tocar um coração que pensei ter morrido séculos atrás.

A única forma de um Dark-Hunter recuperar sua alma é através do amor de uma mulher. Mas o que acontece quando essa mulher não é exatamente humana?

Wulf Tryggvsen

Continuando com minha leitura da série Dark-Hunter, cheguei a esse livro onde Sherrilyn retrata a vida dos Apollites – a raça criada e amaldiçoada por Apolo.

Os Apollites são um povo belo –  todos são loiros, altos, bonitos. Mas foram condenados a morrerem no dia em que completarem 27 anos de idade. Muitos, para evitar tal destino, acabam atacando humanos e roubando suas almas para prolongarem suas vidas. São quando se tornam Daimons e são caçados pelos Dark-Hunters.

Cassandra é meio humana/meio Apollite. Faltam oito meses para completar 27 anos e ela não sabe se terá ou não o destino de suas irmãs. Ela pode andar durante o dia – coisa proibida a um Apollite, pois como Apolo é o deus do Sol, ele baniu seus filhos de sua presença  – e tem uma vida praticamente normal. Mas fica aquela dúvida e o medo do futuro. Fora isso, ela é caçada pelos Daimons e Apollites devido a uma profecia que diz que se a linhagem dela acabar, a maldição será revogada. E ela é a última de sua linhagem…

Numa noite em que está num bar, um grupo de Daimons aparece e a reconhece e tenta matá-la. Ela é salva por Wulf – um Dark-Hunter Viking. Wulf se tornou um escravo de Artemis ao ser enganado por uma Dark-Huntress. Essa mulher, ao trocar de lugar com ele ajudada por Loki (um deus nórdico), o amaldiçoou ainda por cima. Qualquer humano que o conheça esquece-se dele cinco minutos depois de ele se afastar. Acheron conseguiu reverter um pouco a maldição fazendo com que qualquer humano descendente de Wulf se lembrasse dele. O último descendente dele é Cris, seu sobrinho,  um jovem de 21/22 anos e que sofre horrores de pressão para providenciar herdeiros… são momentos hilários entre Wulf e ele discutindo e Wulf arrumando encontros e pressionando para que ele se cuide e não adoeça e não se machuque…

O fato é que, Cassandra não só se lembra de Wulf no dia seguinte, como começa a ter sonhos estranhos com ele. Quando se reencontram, Wulf fica super feliz ao ver alguém se lembrando dele, sem necessidade de ter de se apresentar novamente. Mas isso dura pouco, pois ao descobrir que Cassie é Apollite, ele não gosta nem um pouco.  Mas Acheron o obriga a protegê-la e ajudá-la. E é aí que Wulf descobre muitas coisas sobre Daimons e Apollites que os Dark-Hunters nem suspeitam e nem imaginam e isso muda radicalmente sua forma de ver o mundo e sua missão.

Foi interessante ver toda a cultura e modo de vida dos Apollites. Imagine você saber exatamente o dia e o modo em que vai morrer. A desesperança, a dor, o fatalismo… E ainda assim, eles vivem e bem e aproveitam cada minuto!

Cada livro sou surpreendida pela criatividade e construção de mundo de Sherrilyn Kenyon. Essa é uma autora que está entrando para o grupo daquelas que se escrevem bula de remédio, estou comprando!

4 de agosto de 2009

Minha vida como traidora de Zarah Ghahramani

 

vida como traidora

Nascida em 1981, Zarah Ghahramani cresceu em um subúrbio de Teerã. Filha de pais liberais de classe média, foi criada para acreditar que a educação não era um privilégio dos homens, por isso foi encorajada a ler ampla e ambiciosamente. Zarah possuia o entusisamo adolescente natural de garotas do mundo todo. Mas, como todas as mulheres de sua geração, tinha de se vestir com cores sóbrias e cobrir os cabelos a fim de respeitar as normas rígidas do regime iraniano.

Fascinada por Arash, estudante e ativista político líder de protestos, conhecido por ser um transtorno para o regime, Zarah ingressa num movimento político estudantil, mas o sonho de liberdade logo se transforma em pesadelo – ela é presa e enviada à penitenciária mais notória de Teerã: Evin.

E seu lar, agora, é uma cela de concreto, sem janelas.

Em Minha vida como traidora, Zarah Ghahramani conta a história de sua aterrorizante tribulação e eventual libertação e descreve como a dolorosa experiência a transforma em uma mulher corajosa e determinada. Uma autobiografia poderosa e lindamente escrita sobre a vida em um regime opressor.

 

Biografias e autobiografias não são muito meu estilo de leitura. No entanto, esse livro me chamou a atenção desde que o vi no site de uma livraria. E eu gostei muito dessa leitura.

Me identifiquei muito com Zarah, afinal escolhemos a mesma área de estudo: tradução. Outro ponto que gostei muito foi o modo como ela conseguiu aprender e crescer, como pessoa,  lendo e analisando todo o aprendizado que teve durante sua vida.

O livro já começa com Zarah indo para o primeiro interrogatório. Uma cena muito tensa e onde vemos todo o terror da situação em que ela se encontra.

A historia transcorre entre interrogatórios e sua vida na pequena cela e sua relação com o preso da cela acima  - Sohrab – uma relação que a ajuda e é delicada e truncada e muito especial e interessante. Entre os interrogatórios e as conversas com Sohrab, Zarah divaga e nos mostra a cultura iraniana, a vida que ela levava, a importância dos pais e da educação em sua vida e formação pessoal. Fiquei encantada por saber mais desse povo e sua história, pois geralmente só vemos ou ouvimos falar sobre os atos e ações dos políticos e autoridades religiosas que regem o país.

Um capítulo que achei apaixonante foi o 14, onde ela divaga sobre a língua e literatura e a importância do idioma na construção da identidade, tanto pessoal quanto do país.  Vou colocar um trechinho para mostrar a beleza da prosa nesse capítulo:

“O idioma de minha mãe é o farsi, ou persa, a língua antiga da Pérsia e ainda a oficial do Irã…

… o farsi combina com os persas. É fruto da sensibilidade persa. Já falei sobre as características persas em relação ao amor e ao namoro, mas não mencionei  o mais adorável aspecto em relação ao idioma: é a língua dos mentirosos. Não dos mentirosos frios e calculistas – não é o que me refiro; não dos mentirosos que usam a língua como um ladrão usa as mãos. Não, eu me refiro àqueles que sonham, àqueles que contam histórias a si mesmos e acreditam nelas graças à beleza com que são contadas;  àqueles que usam palavras para fazer rosas desabrochar no deserto, onde o sol queimou o solo, deixando-o negro e avermelhado.

… Não é a língua dos curtos e grossos, dos moralmente destemidos. Você consegue obter uma resposta direta de um persa? Não, não é possível porque, a caminho de fornecê-la, o persa subitamente se dá conta de uma centena de rotas mais fascinantes até a resposta e, antes que perceba, um simples “sim” ou “não” tornou-se uma aventura que requer mil palavras para ser contada…”

Apesar de toda poesia e beleza que ela nos mostra, Zarah também revela a crueldade e ignorancia do governo no trato com as pessoas e as leis insensatas e insanas que regem o país. Ela revela a busca pela liberdade de expressão, pela liberdade de viver a vida da forma como quiser e desejar. A liberdade de andar com os cabelos ao sol e ao vento e de estudar e amar sem precisar temer a perseguição religiosa e policial.

Se quiser saber mais, há um site onde, inclusive, há vídeos sobre a prisão (que é praticamente um personagem do livro também). http://www.minhavidacomotraidora.com.br