30 de maio de 2009

Simply Perfect de Mary Balogh

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Alto, moreno e perfeitamente sensual, ele é a epítome da perfeição masculina. Não que Claudia Martin esteja procurando por um amante. Ou um marido. Como proprietária e diretora da Escola para Moças de Miss Martin, em Bath, ela se resignou, há muito tempo, a uma vida sem amor. Até que Joseph, Marquês de Attingsborough, chega sem se anunciar e a tenta a jogar fora toda uma vida de decência por um romance que apenas poderia levar à ruina.

Joseph tem seus motivos para procurar por Claudia. Instantânea e irresistívelmente atraído pela dedicada professora, ele embarca num plano de sedução que os deixa ansiosos por mais. Mas como herdeiro de um influente ducado, se espera que Joseph continue com o legado da família. E Claudia sabe que não tem lugar nesse mundo.

Agora o mundo está prestes a ser sacudido por escândalos. Um casamento arranjado, um segredo que chocará a Ton, e um homem do passado de Claudia conspirarão para separar os apaixonados. Mas Joseph está determinado a tornar Claudia sua a qualquer preço. Mesmo que isso signifique desafiar as convênções e quebrar cada regra por um amor que é tudo o que ele sempre quis – um amor que é a própria perfeição…

Mary Balogh fechou com chave de ouro o quarteto Simply. Simply Perfect é bem isso mesmo: Simplesmente Perfeito! Não que não tenha havido momentos em que quase gritei com Joseph ou Claudia, mas eles se completavam tão lindamente que chegou a me emocionar.

Joseph está em Bath visitando o pai, que está se recuperando de uma gripe.  Aproveita para levar uma carta de Suzanna para Miss Martin. Mais para frente, vemos que ele tem um motivo secreto para fazer esse favor. Ele queria conhecer a escola e ver o tipo de educação que as meninas recebiam ali.

Em todos os livros, Claudia sempre declarou em alto e bom som seu desdém e raiva de duques. Desde um embate entre ela e o duque de Bewcastle ela simplesmente não quer nada com a ton – duques principalmente. Assim, pode-se imaginar o modo como ela recebe Joseph, pois afinal ele é um marquês e futuro duque.  Sua frieza e, até mesmo sua rudeza, divertem Joseph. Ele é um homem bem humorado, gentil e extremamente masculino, o que irrita Claudia ainda mais por se ver atraída por ele.

O relacionamento deles vai sendo construído passo a passo. Mas depois de muitas conversas e até mesmo de beijos apaixonados, Joseph resolve se abrir com Claudia: ele tem uma filha ilegítima – Lizzie – a quem ama acima de tudo. E Lizzie é cega! Ele precisa da ajuda de Claudia para educar a filha – visto a mãe da menina ter morrido há um ano e Joseph ser o único responsável por ela.

Gostei da abordagem que Balogh deu a essa situação. Como se educavam crianças cegas na época da regência? Claudia  e a nova professora, Eleanor, decidem tentar ver o que pode ser feito durante o verão, na propriedade do duque de Bewcastle, onde as crianças não pagantes foram convidadas a passar um mês.

Nem preciso dizer que Lizzie é uma criança adorável. Super protegida pela mãe (e pelo pai também), ela não tem conhecimento do mundo fora da casa onde cresceu. Vê-la fazendo descobertas, aprendendo a ser uma criança normal, conseguindo amigas e independência é maravilhoso! Várias vezes me peguei com lágrimas nos olhos – não de tristeza, veja bem, mas de emoção!

Mas para Claudia, a temporada não está sendo fácil. Primeiro foi a atração, que se transformou em amor, por Joseph. Depois, ela reencontra o homem por quem foi apaixonada na juventude, e que a abandonou de forma brutal – o duque de McLeith (por isso seu ódio por duques).   Mas o pior é que Joseph está praticamente noivo de uma moça adequada a se tornar marquesa, e depois duquesa.

Mary Balogh nos conduz nesse emaranhado todo e não perde o fio da trama. Um livro que faz com que você vire as páginas para saber como tudo se resolverá, esperando, é claro, sempre pela perfeição (o que, na minha opinião, foi alcançado).

Vou colocar aqui a cena do primeiro beijo deles (na verdade o segundo rsrsrsrs)

- Na realidade – ela disse – eu não me importaria se você fizesse isso novamente.

Ela se sentia estranha, como se outra pessoa tivesse falado através de seus lábios, enquanto a verdadeira Claudia Martin observava em um chocado assombro. Ela realmente disse aquilo que falou?

- Eu não me importaria também. – ele disse, – e eles se encararam por um longo momento antes dele soltar as mãos dela e envolver os seus ombros com um braço, enquanto o outro era colocado em sua cintura. Claudia colocou os braços ao redor dele simplesmente por não saber o que fazer com eles. E ela levantou o rosto para o dele.

Ele era grande e de corpo duro e muito, muito masculino. Por um momento ela realmente ficou assustada. Mortalmente. Especialmente por ele não estar mais sorrindo. E então ela esqueceu do medo e de tudo o mais quando foi engolfada na absoluta sensualidade de ser lenta e muito perfeitamente beijada. Seu corpo floresceu ao toque dele e ela não era mais Claudia Martin, mulher de negócios bem sucedida, professora e diretora.

Era ela simplesmente mulher.

Ela sentia a largura e os músculos de seus ombros, e uma de suas mãos se enlançou nos cabelos grossos e mornos dele. Com seus seios sentia a sólida parede de seu peito. Suas coxas pressionadas contra a dele. E entre suas pernas ela sentia um pulsar agudo que se espiralava dentro dela até a garganta.

Não que estivesse analisando cada sensação. Ela somente as sentia.

Quando ele abriu a boca sobre a dela, ela também o fez e angulou a cabeça e se agarrou nos cabelos dele quando a língua invadiu sua boca e a acaricou toda. Quando ele a empurrou contra o tronco de uma árvore distante alguns poucos centímetros, ela se moveu com ele, e então pode se apoiar nela enquanto ele percorria todo seu corpo com as mãos: seios, quadris, traseiro.

Quando ele se pressionou contra ela e ela pode sentir a evidência de sua excitação, separou as pernas e se esfregou contra ele, desejando nada mais do que sentí-lo dentro de si, bem dentro. Ah, dentro.

Ainda assim, nem por um minuto ela se esqueceu de que era com o marquês de Attingsborough que ela dividia esse abraço sensual. E nem por um momento ela se enganou com ilusões. Isso era por agora. Apenas agora.

Algumas vezes, agora era o suficiente.

Algumas vezes, era tudo.

Ela sabia que nunca iria se arrepender.

Ela sabia também que iria sofrer por muito e muito tempo.

Não importava. Melhor viver e sofrer do que não viver nada.

26 de maio de 2009

Dicas de Beleza

Recebi dois selinhos da Aline – obrigada pelo carinho, Aline!!!! Fiquei super feliz! São eles:

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E as regras são: dar 7 dicas de beleza e indicar 7 blogs para receberem os selinhos.

Bom, não sou muito ligada em dicas de beleza, mas tem algumas regras que sei, e sigo; e outras que sei, e tô nem aí. Vamos à elas.

01. Em primeiro lugar sigo Os Mandamentos da Pele (conforme revelados por um dermatologista) que são:

“Não Mexerás!”

“Não Permitirá que teu Próximo Mexa!”

Baseada nesses Mandamentos, simplesmente não “aperto” cravos e/ou espinhas – uso gel secativo ou creme próprio. (apesar de que nunca tive pele acnéica, mas espinhas sempre aparecem quando a gente tem algo especial planejado, não é? Parece praga!)

02. Evite sol no horário das 10h00 às 16h00. Bom, se puder não fico no sol em nenhum horário!!! Não gosto de sol. Nesse ponto sou meio que vampira…

03. Usar protetor solar sempre. Coisa que raramente faço. Sempre me esqueço do bendito protetor!

04.  Não usar sabonetes para lavar o rosto. Esse eu sigo mesmo! A pele do rosto é super sensível (o meu já arde só com a mudança de temperatura!). Para o rosto apenas produtos específicos.

05.  Beber pelo menos dois litros de água por dia. Bom, esse eu não consigo seguir – só no alto verão quando a sede é constante, eu me aproximo disso. Sei que é importante e tudo mais, mas às vezes fico tão entretida no trabalho que “esqueço” até de beber água.

06. Cuidar das mãos e dos pés. Isso é básico mesmo!

07. Pensar positivo. Pode parecer bobagem, mas pensamentos negativos e energia baixa envelhecem! Sempre que percebo que estou embarcando no barco do pessimismo ou da raiva ou da reclamação, paro e respiro fundo e tento me controlar.

Quanto às indicações, mais uma vez vou ficar devendo…

24 de maio de 2009

Simply Magic de Mary Balogh

 

Em uma esplêndida tarde de Agosto Suzanna Osboune é apresentada ao homem mais belo que já vira… e instantaneamente sente  o frio arrepio do reconhecimento. Peter Edgeworth, Visconde Whitleaf, é absurdamente charmoso – e aparentemente não se recorda de que eles já se encontraram anteriormente. Com seu sorriso sagaz e olhar sedutor, Peter age como um conquistador; mas ele mexe com Suzanna de uma maneira como ela nunca sentiu, um anseio que a amedronta e fascina. Imediatamente ela entende: esse ousado nobre representa uma ameaça a seu coração…e aos segredos que ela guarda tão desesperadamente.

Desde quando se conheceram, Peter é atraído pela independência de Suzanna, fascinado pela sua rapidez de pensamento – ele simplesmente tem de possuí-la. Mas quanto mais ele a persegue, mas Suzanna se afasta… até que um jogo sensual de ataque e defesa acaba em uma gloriosa tarde de paixão. Agora mais determinado do que nunca em mantê-la a seu lado, Peter começa a suspeitar que uma trágica história ainda assombra Suzanna. E quanto mais se aproxima da verdade Peter tem certeza de uma coisa: ele irá desafiar os mistérios do passado para ter um futuro com essa maravilhosa mulher – tudo o que Suzanna tem de fazer é confiar a ele o mais precioso segredo de todos…

Esse é o terceiro volume do quarteto Simply, de Mary Balogh, que retrata a vida de quatro mulheres – professoras da Escola para Moças de Miss Martin.  São eles:

  1. Simply Unforgetable – Frances e Lucius
  2. Simply Love – Anne e Sydnam
  3. Simply Magic – Suzanna e Peter
  4. Simply Perfect – Claudia e Joseph

Os dois primeiros já havia lido há algum tempo, mas depois descobri as maravilhas do Romance Sobrenatural e me afastei dos históricos, o que venho corrigindo agora.

Mary Balogh é uma escritora excepcional! Seus livros são românticos ao extremo ao mostrar como um toque de mão, um olhar, um flerte com as palavras pode ser altamente sensual. Ela sabe transmitir as sensações e emoções dos personagens com a palavra certa. E outro ponto favorável é que seus livros sempre trazem personagens e situações de outras obras,  fazendo com que você perceba a teia social que envolve os personagens e trazendo um certo realismo às cenas.

Foi interessante perceber que esse livro e o Simply Love ocorreram quase simultâneamente. Tanto é que a cena de reencontro de Peter e Suzanna se passa na festa  surpresa de casamento de Anne e Sydnam – organizada pela Duquesa de Bewcastle e por Laurell, prima de Peter e esposa do irmão de Sydnam. Ressaltando que ambas já tiveram suas histórias contadas por Balogh em outros livros.

Peter e Suzanna me surpreenderam muito. Logo no começo, Peter parece um homem vazio, mais um nobre que curte a vida sem problemas e preocupações. Mas é uma imagem falsa. Ele é um homem de sentimentos profundos e que está perdido e precisando de orientação.

Já Suzanna é uma mulher batalhadora. De aluna que frequentou à escola de Miss Martin através de uma bolsa de estudos, ela se tornou uma professora lá – e uma das mais queridas. Ela é ativa, alegre, mas esconde um grande segredo, segredo esse que impede que ela aceite a aproximação de Peter.

Balogh nos conduz nesse relacionamento mantendo o suspense e nos fazendo imaginar várias possibilidades, mas ainda assim conseguiu me surpreender.

Vou encerrar com uma frase de Peter que achei extremamente linda:

“ A vida não é perfeita, Suzanna. Podemos apenas viver a realidade do que ela é. Isso não seria possível sem o amor. Sei que é um tanto quanto cliché dizer que o amor faz com que tudo seja possível, mas acredito que é assim. Ele não é uma varinha mágica que pode ser usada pela vida para tornar tudo doce e adorável e sem problemas, mas ele nos a energia para lutar contra as adversidades e vencer.”

 

17 de maio de 2009

DEAD AFTER DARK – Antologia

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Com essas quatro histórias de romance paranormal, nunca foi tão quente estar tão próximo da morte…

Sherrilyn Kenyon - “Shadow of the Moon”

Angelia lutou a vida toda para se tornar forte. Agora, com sua patria atacada, ela tem de proteger seu povo de Fury e seu clã de lobisomens. Jurando trazê-lo à justiça, Angelia parte sozinha…até que a caçadora se torna a caça. E o único modo de sobreviver é confiar no próprio lobo que ela jurou matar.

J.R. Ward - “The Story of Son”

Claire Stroughton é um bela advogada que prefere varar as noites com tratados legais do que com o homem de seus sonhos. Então uma visita de rotina com uma cliente se torna perigosa – e profundamente sensual – quando ela é mantida cativa por um homem maravilhoso e com uma fome sobrenatural…

Susan Squires - “Beyond the Night”

Quando Drew Carlowe retorna ao lar para reconquistar um amor perdido, ele rapidamente rejeita os boatos de que sua propriedade está assombrada por uma estonteante e jovem fantasma… até que um encontro passional o deixa mistificado – e desejando mais.

Dianna Love - “Midnight Kiss Goodbye”

Trey McCree possui um desejo insaciável por Sasha Armand – e poderes sobrenaturais que podem colocar em risco a vida dela. Mas quando eles se unem para impedir um mago do mal, Trey descobre que Sasha pode fazer muito mais do que enlouquecer os homens…

 

Bom, para variar comprei essa coletânea por causa da história da J.R.Ward, de quem sou fã incondicional. Mas acabei descobrindo, e gostando de, outras séries.

Na história da Sherrilyn tive um vislumbre dos Dark Huntes – série que não acompanho, mas da qual  tenho muito interesse. Fury é um lobo que adorei conhecer e achei que ele merecia muito mais do que as 90 páginas desse livro.  Lembrou-me da injustiça que Judith McNaught cometeu contra Nicholas em Milagres.

Fury reencontra sua paixão do passado, Angelia, agora sua inimiga mortal. Como disse, não acompanho os Dark Hunters, então não entendi o ódio que move as duas patrias, mas deu para sentí-lo. Angelia e Fury têm de vencer seus medos e preconceitos e admitir o que realmente sentem um pelo outro. O modo como Sherrilyn desenvolveu essa história me deixou pedindo mais e acho que vou me render ao mundo dos dark hunters.

J.R. como sempre me encantou. The Story of Son é uma história tocante e muito linda. Claire vai até a casa de uma cliente idosa e doente levar as modificações do testamento da senhora. Chegando lá ela acaba sendo presa no porão com um homem lindo e educado, mas que é um vampiro. Michael é um personagem maravilhoso e muito sofrido. Vive trancado no porão, acorrentado como uma fera. Mas é um homem refinado, amante dos livros e um artista. Claire sente uma incrível atração por ele e é o começo de um amor intenso e sofrido.

Essa história não faz parte da Irmandade, mas se passa em Caldwell, NY. Ela me deixou com um monte de dúvidas, principalmente por relatar fatos que contrariam certos preceitos dos livros da Adaga, como um vampiro se alimentar de sangue humano – e apenas de sangue humano – como Michael faz e ainda assim ser forte e sadio. Outra coisa que fica no ar é quem é o pai de Michael? A mãe era humana, então o pai era vampiro, mas quem é e onde ele está? Por que deixou Michael ser tratado daquela forma? Michael vai se encontrar com os outros vampiros e com a Imandade no futuro? Vamos ver o que a J.R. vai aprontar.

A história da Susan Squires me surpreendeu. Já tinha ouvido falar na autora – ela está sendo publicada aqui no Brasil pela Nova Cultural, na série Bianca Mística – e gostei muito do estilo dela. Ainda não tive a oportunidade de ler os livros em português, mas essa história faz parte dessa série, segundo o Tópico Relação de Saga e Séries da Comunidade Adoro Romances (conforme abaixo):

SUSAN SQUIRES
THE COMPANION SERIES
1) Sacrament (Sarah Ashton e Julian Davinoff)
2) O Mistério de Ian Rufford – The Companion – Bianca 866 – Elizabeth Rockewell e Ian Rufford
3) Instintos Ardentes – The Hunger – Bianca – 872 – Beatrix Lisse e John Stauton
4) Tentação Proibida - The Burning – Bianca 884 - Ann Van Helsing e Stephen Sincai
5) A Sombra de um Homem - One With the Nigth – Bianca 876 - Jane Blundell e Callan Kilkenny
6) One with the Shadows (Kate Malone e Gian Urbano)
7) One With the Darkness (Donnatella di Poliziano e Jergan)
8) Beyond the Night (Drew Carlowe)
9) Time for Eternity (Frankie Suchet e Henri Foucault)

O resumo é bem acurado. Drew volta a cidade natal para buscar vingança contra o homem que o perseguiu e também rever a mulher que sempre julgou amar. Mas ao chegar, rico e irreconhecível, ele descobre uma mulher morando em sua casa e que afastava as pessoas se fingindo de fantasma. Mas Freya é muito mais que isso: ela é uma vampira, uma mulher com um passado sofrido e que, com a ajuda de Drew, consegue encontrar seu caminho e felicidade. Com certeza vou procurar os Biancas pois devem ser romances muito interessantes.

A última novella é boa, mas me senti como assistindo à segunda parte de um filme: não há muita explicação sobre os personagens, como se eles já tivessem sido citados em outras histórias e, com certeza, vão se encontrar no futuro. O que gostei foi que há citações de mitologia hindu e celta, pois os heróis e vilões tinham relação com deuses dessas civilizações. Trey é um Belador, um homem com poderes especiais e que trabalha para uma Agência do governo que lida com o sobrenatural. Ele sempre foi apaixonado por Sasha, sua vizinha, mas teve de abandoná-la para seguir seu destino. Agora, depois de nove anos, ele volta e descobre que ela é uma bruxa e que está envolvida com os piores inimigos dos Beladores – os Kujoos, que querem se libertar da prisão onde Shiva os enviou há mais de 800 anos. Uma história legal, mas na qual senti falta de dados e complementos. Procurei no site da autora, mas não encontrei nada…

Em resumo: esse livro foi uma leitura muito prazerosa e de descobertas!

14 de maio de 2009

Meus desejos…

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Olá!!

Recebi esse selo da Lili e da  Débora  Obrigada, Débora e Lili. Adorei!!

Regras:


1 – A pessoa selecionada deve fazer uma lista com oito coisas que gostaria de fazer antes de morrer.
2 - É necessário que se faça uma postagem relacionando estas oito coisas, não importando o que seja; é necessário que a pessoa explique as regras do jogo.
3 – Ao finalizar, devemos convidar oito parceiros de blogs.
4 – E finalmente, deixar se possível um comentário para quem nos convidou, e informar os convidados
.

 

Bom, vamos aos meus desejos.

1. Ter dinheiro suficiente para me manter e manter meu vício de comprar livros (mesmo quando aposentar…). Para isso, estou fazendo meu pé de meia desde já.

2. Ter minha casa.

3. Conhecer  Inglaterra, Escócia, Alasca, Canadá e Nova York.

4. Aprender Italiano e Espanhol. Gosto do rítmo dessas duas línguas e um dia ainda vou estudá-las.

5. Fazer um cruzeiro pelas Ilhas Gregas.

6. Ler todos os livros que estão em minha montanha (que não pára de crescer) – e, claro, reler os favoritos.

7. Ficar lúcida até o fim da vida, para poder realizar todos os meus desejos acima.

8. No mais, desejo ter uma vida longa e produtiva.

Quanto às indicações, todos os blogs que acompanho já foram indicados, então vou ficar devendo…

10 de maio de 2009

A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO de Stieg Larsson

A revista Millennium está prestes a lançar a bomba mais explosiva já publicada na Suécia sobre o tráfico de mulheres – um escândalo de grandes proporções incluindo figurões do cenário policial, jornalístico e judiciário. Pouco antes da edição vir à luz, porém, os dois autores das denúncias são mortos a tiros. E essa não é a única má notícia que Mikael Blomkvist, editor-chefe da Millennium, tem de enfrentar: segundo a policia, a principal suspeita dos homicídios é sua amiga, Lisbeth Salander.

Lisbeth ajudou-o na investigação de outro caso intrincado, e salvou sua vida. Dotada de memória fotográfica e incrível habilidade em cálculos matemáticos e com computadores – inclusive para invadir sistemas alheios – , ela carrega um misterioso trauma juvenil. Tudo indica que esse trauma, na esteira do qual foi condenada à internação psiquiátrica aos doze anos e julgada juridicamente incompetente aos dezoito, pode ter ligação com os acontecimentos atuais. Procurada e acusada à revelia por três assassinatos, a moça desaparece, enquanto a polícia sueca monta uma megaoperação para caçá-la e a mídia apresenta o caso com o costumeiro sensacionalismo. Mas não será fácil apanhá-la. Menos do que uma vítima indefesa ou, como a imprenssa marrom a descreve, uma assassina desequilibrada, Lisbeth age como um anjo vingador, castigando os pecadores com fúria implacável. Mikael quer encontrá-la antes de todos. Ele sabe que, se provocada ou ameaçada, ela pode atacar – com resultados imprevisíveis.

Segundo volume da trilogia Millennium – um dos maiores sucessos da Suécia e de inúmeros países nos últimos anos – , A Menina que Brincava com fogo seduz pela trama movimentada e pelo conjunto de personagens secundários, presente tanto no lado dos bons quanto no lado dos maus (embora essa fronteira seja bastante tênue nos romances de Larsson).

Larsson é o grande noir da Suécia e Lisbeth Salander, uma heroína diferente de todas as outras. O clímax é um festim sangrento.” The Times

 

Um livro simplesmente fantástico! Gosto muito do jeito como Larsson narra sua história. Ele é muito natural, nem um pouco carregado e, assim, o texto flui gostoso e fácil de acompanhar. Adorei reencontrar Lisbeth e Mikael e Erika e conhecer novos personagens como Dag e Mia e Sonja Modig e Bublanski e Paolo Roberto (esse é sensacional).

Dag é um reporter freelancer que está escrevendo um livro polêmico sobre tráfico de mulheres. Ele é companheiro de Mia, cuja tese de doutorado em criminalística se foca na exploração sexual de mulheres. Eles fizeram a pesquisa juntos, mas cada um explora um lado do problema. Dag quer que a Millennium publique seu livro e apresenta a idéia à Erika e Mikael. Então fica decidido se fazer um número temático da revista com o tema  tráfico de mulheres para coincidir com o lançamento do livro. Livro esse que será polêmico pois trará nomes de autoridades judiciárias e policiais e de jornalistas que usam desse serviço acompanhado de depoimentos das mulheres.

Faltando pouco tempo para a publicação do número temático e entrega do manuscrito original, Dag e Mia são assassinados a tiros no apartamento onde moravam. Também é encontrado morto,  em seu apartamento, o advogado Nils Bjurman – tutor de Lisbeth Salander. Qual a ligação entre esses crimes? Quais as provas e conclusões da polícia?

Lisbeth passa a ser suspeita das mortes e a polícia monta o cerco para prendê-la. Acontece que ela não é uma mulher fácil de ser localizada e é muito mais inteligente do que seus perseguidores. Larsson mantém o suspense e mostra os diversos aspectos da investigação. Não vou falar muito para não estragar as surpresas.

O final foi de tirar o fôlego e já me deixou super ansiosa pelo terceiro volume. Espero que o lancem ainda esse ano.

Um pouquinho de Lisbeth:

Lisbeth Salander ficou plantada na calçada em frente à imobiliária Nobel uns bons minutos. Perguntava-se o que Joakim Persson iria achar se ela jogasse um coquetel Molotov na vitrine. Então, voltou para casa e  ligou o PowerBook.

Levou dez minutos para piratear a rede interna da Nobel graças as códigos de acesso que ela observara distraidamente quando a mulher de trás do balcão se conectara para baixar as fotos. Levou mais três minutos para perceber que o computador da mulher era também o servidor da empresa – será possível ser tão burro? – e outros três para ter acesso aos catorze  computadores que compunham a rede. Em pouco mais de duas horas, esmiuçara a contabilidade de Joakim Persson e constatou que ele sonegara ao fisco perto de setecentos e cinquenta mil coroas nos últimos dois anos.

Baixou todos os arquivos indispensáveis e os reuniu num pacote coerente, que enviou por e-mail para o Tesouro Público usando o endereço anônimo de um fornecedor de acesso americano. Feito isso, expulsou Joakim Persson do pensamento.

(tudo isso por que esse Joakim a tratou como imbecil quando ela foi procurar um apartamento para comprar…)

7 de maio de 2009

Should I stay or should I go

Navegando pelo youtube outro dia topei com esse vídeo e Amei!!!

Quis compartilhar com vocês pois une duas coisas que amo: cães e música. Espero que apreciem tanto quanto eu…

 

 

3 de maio de 2009

AUDÁCIA de Candace Camp

Angela Stanhope acreditava no amor. Após ser arrancada dos braços de Cameron Monroe, o homem a quem confiara seu coração, ela foi jogada nas garras do cruel e impiedoso Lorde Dunstan, o escolhido de seu avô para desposá-la. Decidida a fazer valer seus sentimentos e não os desejos insanos do patriarca Stanhope, ela o desafiou, mas cedeu a uma ardilosa chantagem para proteger seu amado.

Cameron jamais esqueceu da humilhação que sofreu. Após 15 anos, ele retorna à propriedade dos Stanhope para um ajuste de contas. Afinal, tornou-se um homem rico e poderoso, com recursos ilimitados para destruir a família que o renegou. E ele tem somente uma exigência: que Angela se torne sua esposa.

Angela e Cameron se amam. Mas ele é o cavalariço na propriedade do avô dela. Quando são descobertos e separados o avô lhe faz uma proposta: ou ela se casa com Lorde Dunstan ou Cameron vai para a cadeia acusado de roubo.

Quinze anos depois, encontramos Angela divorciada e morando na propriedade do irmão, Jeremy. É quando Cameron ressurge e através de ameaças e coerção a faz se casar com ele. Cameron ficou rico aventurando-se na América e volta para a Inglaterra onde compra terras e dívidas da família Stanhope, tendo assim o trunfo para conseguir o que quer.

Mas Angela  não quer se casar com ninguém. O que ela sofreu no casamento com Lorde Dunstan deixou marcas profundas em sua alma e só de pensar em outro homem tendo direitos sobre ela – mesmo Cam, a quem conhece e já amou - é algo que está além de suas forças. As perversões que Dunstan a obrigou, as agruras que Angela sofreu foram terríveis.  Conforme ia lendo, achava que era algo muito ruim, mas foi muito pior quando foi revelado. Esse Dunstan vai entrar para minha galeria de vilões.

Mas Cam é maravilhoso – mesmo quando a ameaçou não consegui desgostar dele – e  ajuda Angela de forma amorosa e sensual a conquistar a confiança em si mesma e nele.

Além disso, temos um mistério e um segredo que ajudam a aproximar os dois e também ameaça a vida de Cam. Candace é muito boa em escrever romances com esse toque de suspense! Gostei.

1 de maio de 2009

DEPOIS QUE VOCÊ FOI EMBORA de Maggie O´Farrell

Alice Raikes acaba de tomar um trem na estação de King`s Cross, na capital inglesa. Seu destino é Edimburgo, aonde vai encontrar as irmãs.

Assim que desembarca, ela presencia uma estranha cena, algo que a deixa perplexa, como se olhasse no espelho e não reconhecesse o próprio rosto. Desesperada, diz adeus à família e sobe no trem de volta ao ponto de partida.

Algumas horas  mais tarde, as irmãs recebem um breve telefonema: Alice está em coma, vítima de um atropelamento.

O que – ou quem – Alice viu na capital escocesa que a fez voltar tão depressa? Houve mesmo um acidente ou ela tentou se matar? O que a família, em vigília ao lado de sua cama, tem a esconder?

À medida que o tempo transcorre, os segredos e as angústias dos Raikes vêm à tona. No asséptico ambiente hospitalar, Alice experimenta diferentes  níveis de consciência, ouvindo conversas à sua volta e resgatando as lembranças de um amor que partiu.

Considerada uma das grandes vozes da nova literatura britânica, Maggie O`Farrell demonstra grande maturidade neste romance de estréia. Abordando temas comuns a todas as famílias, em suas diversas nuances, Depois que você foi embora nos dá a certeza de que estamos diante de um escritora de primeira grandeza.

 

Maggie O`Farrell consegue transmitir emoções. O livro tem muito disso: emoções. Logo no começo, quando vemos Alice pela primeira vez, sentimos sua tristeza, percebemos que ela está apática e muito, muito triste. Sentimos isso, pela forma como ela descreve sua aparência, suas ações, seu jeito. Isso já nos deixa curiosos: o que aconteceu com ela? Por que ela está assim?

O livro não tem uma narrativa linear. Depois do acidente (narrado no resumo) o livro vai da infância de Alice, para a infância da mãe dela – Ann –, volta para o presente com ela no hospital e assim vai. Me senti como se estivesse diante de um grande quebra cabeças e fosse juntando as peças para poder ver o todo. Uma narrativa interessante, mas que às vezes cansa.

Os personagens são fascinantes. Destaco John que é maravilhoso! O modo como ele e Alice se relacionavam, o carinho, os diálogos – tudo muito lindo e real. O sofrimento e as alegrias por que passaram tudo muito bem descritos. Sofri e amei junto com eles. Ann e Elspeth (mãe a avó de Alice) também mostram bem o relacionamento nora/sogra. As alfinetadas, os segredos, a inveja. Ann é uma mulher fria, egoísta. Senti raiva e pena dela ao mesmo tempo. Elspeth, por sua vez, era uma mulher cheia de vida, amorosa, esperta, mas também sabia ser má.

Conforme a história vai se desdobrando a nossa frente, o suspense vai aumentando e as emoções crescendo. E como disse, Maggie consegue nos prender e passar essas emoções muito bem.

Um único senão é que muitas tramas ficaram em aberto e isso me deixou frustrada, realmente frustrada. Sem falar que no final O`Farrell também não foi muito feliz – pelo menos na minha opinião. Adoro finais inesperados e surpreendentes, mas me senti roubada com esse.