29 de março de 2009

LAÇOS DE GELO de Nora Roberts

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Nesse segundo volume, você conhecerá Brianna Concannon, cuja beleza sutil esconde um coração apaixonado e ardente.

Quando as fortes tempestades do inverno desabam sobre o oeste da Irlanda, os habitantes evitam sair de suas casas, os visitantes se afastam, e a pousada de Brianna Concannon torna-se um lugar frio e vazio. Mas isso a agrada e a faz desfrutar da paz e da quietude, mesmo quando o vento gelado uiva nas janelas. Entretanto, nessa época ela espera um hóspede pouco comum, o misterioso escritor  norte-americano Grayson Thane – um viajante inquieto, com um passado complicado. Ele planeja passar o inverno sozinho. Mas, às vezes, o destino tem um plano secreto…e o fogo da paixão pode surgir até mesmo em meio ao gelo…

Nora diz na apresentação do livro: “Ao escrever Laços de Gelo, a história de Brianna Concannon, quis mostrar a incomparável generosidade de espírito, a simplicidade de uma porta aberta e a força do amor. Então, venha e sente-se um momento em frente ao fogo, coloque um pouco de uísque no seu chá. Ponha os pés para cima e deixe suas preocupações para lá. Gostaria de simplesmente lhes contar uma história.” E isso ela faz com maestria! Um livro impossível de se largar. Uma história de amor cativante e terna. Brianna e Grayson me conquistaram totalmente…

Brianna, ao contrário de Maggie, se esconde das duras provações da vida fechando-se e mantendo distância. Seus olhos, verdes e frios, não revelam a dor e paixão que existem dentro dela. Vive para a pousada que fundou e que é sua vida. É a mediadora entre Maggie e Maeve (a mãe mais terrível que tive o prazer de conhecer). Não gosta de discussão e ama o serviço doméstico e cozinhar. Admirei muito isso nela, talvez por eu mesma fugir das faxinas e da cozinha.

Grayson é aberto e curioso. Está sempre fazendo perguntas e observando tudo. Como escritor, ele sabe analisar as pessoas e consegue tirar delas a informação desejada. Mas, também esconde um passado de dores e lutas e, com isso, vive apenas para o presente. Sem planos (a não ser para a próxima história), sem laços, sem lar, sem rumo.

O encontro deles é maravilhoso. Vê-los se descobrindo, se entregando, se aceitando é lindo! Grayson nem percebe o quanto está se envolvendo na vida da pousada e da comunidade. Na vida de Brianna.

Gostei do modo como Nora descreveu o processo criativo de Gray. O modo como ele se entregava ao trabalho, sendo arrastado pelos personagens que criava e pelas tramas e assassinatos a ponto de ficar dias trancado no quarto. Sobretudo, o modo como os personagens principais se envolveram da mesma forma como ele e Brie.

Por enquanto, este está sendo meu livro favorito na trilogia. Quase comecei a reler logo depois de terminar, tão linda achei a história.

Adorei quando Brianna encontra as cartas de Amanda, a mulher a quem o pai dela amou quando elas eram crianças. A descoberta de que existe um irmão ou irmã desconhecido nos EUA faz com que as irmãs resolvam procurar esse novo integrante da família. E é o mote do próximo livro: Laços de Pecado.

28 de março de 2009

LAÇOS DE FOGO de Nora Roberts

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Neste primeiro volume da Trilogia da Fraternidade, você conhecerá as Irmãs Concannon: mulheres modernas, ligadas ao eterno e intempestivo espírito da terra. Laços de Fogo é a história de uma artista impetuosa que não pode fugir de seu passado…tampouco de um grande amor.

Talentosa, solitária, teimosa e dona de um espírito libertário, Maggie Concannon é uma artista especializada  na arte em vidro, cujos trabalhos sensíveis são muito mais do que meros objetos de beleza, mas reflexos de sua verdadeira natureza. Surge então um homem, o marchand Rogan Sweeney, que percebe a alma e a pureza de sua arte e se propõe a ajudá-la a construir uma carreira de sucesso. Quando Rogan chega ao isolado estúdio de Maggie, o coração dela se inflama com a arrebatadora atração que surge entre eles…e seu passado sombrio será iluminado por um amor tranquilo, gentil e complacente.

Esse livro recebeu várias recomendações. Não resisti…

Maggie é uma mulher forte, independente, determinada, teimosa. Uma mulher que gosta da solidão e de sua arte. Que cria obras que vem do coração e da alma. Ama o pai e a irmã – Brianna. Vive às turras com a mãe (que, cá para nós, é uma mulher amarga, infeliz e intratável!). Com a morte do pai, ela e Brianna lutam para sobreviver e se apóiam uma na outra. Isso até aparecer Rogan Sweeney e sua proposta em tornar Maggie famosa.

Rogan é um homem rico. Apaixonado por arte, ele dirige galerias pela Europa e América do Norte. Seu sonho é descobrir e patrocinar talentos irlandeses. Ao ver a obra de Maggie, ele decide que ela será a primeira de muitos artistas irlandeses agenciados por ele. Mas Maggie é jogo duro. Ela teme vender uma parte de sua alma ao aceitar a proposta de Rogan.

É interessante observar como uma mulher tão forte, pode ser tão frágil e delicada! Ao mesmo tempo em que tem o gênio intempestivo e briguento, Maggie esconde seus medos e anseios atrás de uma  máscara de agressividade e arrogância. Seu medo de se relacionar e sua determinação em ficar só têm raízes profundas e Rogan tem de lutar para mostrar a ela que tudo pode ser diferente.

Maggie, como as esculturas de vidro que cria, também é um ser que se amolda pelo fogo: da paixão, da vida, da raiva. É um livro em que sempre se faz um paralelo entre a obra criada por Maggie e a personalidade e acontecimentos vivenciados pelo personagem. Tem uma passagem em que Maggie conversa com o pai sobre o amor dele com a esposa que revela muito do livro:

- Você a amou alguma vez, papai?

- Sim, um amor tão quente quanto um de seus fornos. Você veio dali, Maggie Mae. Você nasceu do fogo, como uma de suas estatuetas mais lindas e vistosas. Embora muito desse fogo tenha gelado, ele foi intenso um dia. Talvez, se não tivesse sido tão ardente, tão forte, pudéssemos tê-lo feito durar.

Creio que daí veio o título original: Born in Fire. E acho que a tradução deixou muito a desejar, pelo menos com relação ao título. Perdeu-se a referência do romance.

Adorei os personagens secundários na trama: Joseph, Patrícia, Christina e Nyall. A mãe de Maggie e Brianna – Maeve – é um caso à parte. Personagem detestável, mas muito importante. Tenho de destacar também os habitantes da vila de Clare, pois deram um tom de realismo e afetividade ao livro.

Nora realmente consegue nos transportar para a Irlanda e nos fazer ver os cenários que só vemos em foto. Só que no livro há cor, movimento, luz e vida.

22 de março de 2009

AINDA TE AMO… de Kathryn Smith

Londres, 1819

Uma Segunda Chance…

Brandon Ryland está aliviado com o final da temporada da sociedade londrina. Desde que um terrível deslize arruinou seu noivado com Eleanor Durbane, sua vida se torna cada vez mais monótona. Cada dia sem Eleanor é mais longo que o outro, até que surge uma oportunidade de romper o tédio! O convite para a festa na casa de campo de lorde Burrough, pai de Eleanor, é uma chance preciosa para desculpar-se por seu erro. Mas logo Brandon descobre que será necessário bem mais do que um pedido de desculpas para reparar o mal feito...

Depois de toda a mágoa e ressentimento, levará algum tempo para Eleanor aprender a confiar novamente em Brandon. Ela sabe que é uma insensatez dar àquele homem irresistível uma outra chance. O que Eleanor não sabe, porém, é que o visconde mais audacioso de Londres fará qualquer coisa... qualquer coisa... para merecer uma segunda chance de amar!

Brandon e Eleanor eram noivos. Mas uma horrível traição os afastou por dez longos anos: Brandon, embriagado, dormiu com a irmã de sua noiva – Lydia – pensando que era Eleanor quem o procurava no quarto.

Esse era o problema de Brandon – o alcoolismo. Agora, depois de sóbrio já por alguns anos, ele recebe um convite do pai de Eleanor para uma house party na casa de campo. Essa é a oportunidade para ele se desculpar com ela e contar sua versão da história. E, quem sabe, conseguir reconquistá-la.

Brandon nunca esqueceu Eleanor. Ele sabia que naquela noite fatídica havia perdido a mulher de sua vida. Estava resignado a uma vida de solidão e sem amor. Contudo, ao rever Eleanor, a esperança e a vontade de fazê-la perdoá-lo e aceitá-lo de volta o dominou. Eleanor continuava solteira, aos 32 anos, e também estava resignada com a solidão e a falta de amor. Poderia ela perdoar e esquecer e aceitar Brandon em sua vida novamente?

Gostei muito do livro. Um livro denso, sofrido, em que cada página trazia esperança e medo de algo acontecer e atrapalhar a redescoberta do amor. Brandon é um personagem maravilhoso,  e Eleanor, bom, digamos que às vezes morri de raiva dela, outras a adorei…

Dois senões:

  1. acho que, para variar, as cenas hots foram tesouradas sem dó pelo pessoal da NC.
  2. Esse livro faz parte de uma série – The Ryland Brothers – e, para variar é o último volume. Conte-se com a NC para não respeitar a ordem de publicação das séries…

The Ryland Brothers:

  • 01. Elusive Passion (Abril/2001) – Miles e Vaya
  • 02. For the First Time (Set./2003) – Devlyn e Blythe
  • 03. In your Arms Again (Maio/2004) – North e Octavia
  • 04. In the Night (Jan/2005) – Wynthrope e Moira – lançado no Brasil pela Essência, com o título “Na Escuridão da Noite” (2009)
  • 05. Still in my Heart (Ago/2005) – Brahm (Brandon, no Brasil) e Eleanor – Ainda te Amo…

THE PAGAN STONE de Nora Roberts

 

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Anos atrás, depois do ritual de irmãos de sangue, Gage, Fox e Caleb saíram da floresta com um pedaço de heliotrópio (bloodstone) cada um. Agora isso será a arma na luta final contra o demônio que acordaram. O vencedor leva tudo…

Pesadelos compartilhados, visões de sangue e fogo, violência aleatória têm atormentado os amigos de longa data e Quinn, Layla e Cybil, as mulheres ligadas a eles pelo Destino. Nenhum deles pode ignorar o fato de que, esse ano, o demônio está mais forte – alimentando-se do terror que cria. Mas agora os três pedaços de heliotrópio foram unidos. Se ao menos eles soubessem como utilizá-lo.

Um jogador como Gage não vê problemas em apostar que sua equipe achará o caminho. E embora ele e Cybil compartilhem o dom de ver o futuro, isso é tudo o que eles têm em comum. Se levarem o flerte para algo mais sério, será nos termos deles, não porque o Destino assim decretou. Mas Gage sabe que uma mulher como Cybil – com sua inteligência, força e estonteante beleza – apenas pode lhe trazer sorte. Se é boa ou má isso ainda tem de ser determinado – e pode significar a diferença entre a destruição absoluta ou o fim do pesadelo para Hawkins Hollow.

Livro que fecha a trilogia Sign of Seven. Achei que esse livro fosse ser mais difícil que os outros. Difícil no sentido em que Gage e Cybil são personagens muito fechados e sofridos. Nos outros dois livros, eles mal se aproximavam. Existia uma atração, mas também existia o medo de se verem forçados ao amor pelas mãos do Destino. Estava com medo da teimosia dos dois. Mas até que eles se entenderam bem. E o livro trouxe muitas surpresas e cenas comoventes.

Gage perdeu a mãe muito novo. Depois disso, seu pai passou a beber e a espancá-lo. Quando foram acampar na Pedra Pagã, aos dez anos, ele estava com as costas toda marcada pela surra de cinto. Se não fosse pelas famílias de Cal e Fox – cujas mães eram amigas da mãe dele – Gage não conheceria o amor e o significado de família. Ele cresceu e se tornou um homem fechado e pessimista. Um jogador sem lar, um viajante, que só volta para a cidade de Hawkins Hollow para ver os amigos e para o Sete. Mas ainda assim, Gage é um poeta. Teve um pensamento dele, ao visitar o túmulo de sua mãe que achei maravilhoso:

… Será que ela alguma vez gritou com ele, o colocou de castigo, foi impaciente? Certamente, isso deve ter acontecido. Mas ele não conseguia se lembrar de nada disso, ou escolhia não se lembrar. Talvez ele a idealizasse, mas qual era o problema? Quando um menino teve sua mãe por tão pouco tempo, o homem tinha todo o direito de  considerá-la perfeita…

Cybil também tem um passado sofrido. Seu pai sofreu um acidente e ficou cego. Depois disso, sem esperanças, ele comete suicídio. De família rica, ela  descobre que o pai perdeu grande parte da fortuna. Ela é uma pesquisadora super inteligente, mas também fechada. Amiga de Quinn, veio para Hawkins Hollow ajudá-la na pesquisa do livro e descobriu fazer parte da história da cidade, assim como Layla e a própria Quinn.

Com a aproximação do mês de Julho, Cyb e Gage resolvem deixar de lado as diferenças e os receios e se juntam para tentar descobrir o que o futuro reserva. Sangue e fogo e morte são os resultados que obtém. Como reverter esse quadro e obter sucesso é o que buscam desesperadamente todos os seis. Mas, a cada visão e a cada passo da pesquisa, eles vêem que só a morte – por sacrifício – de um deles é capaz de deter tal demônio. Então chega a hora da grande batalha – 07/07 e nenhum deles foge ou recua diante do desafio…

Gostei muito de como a Nora soube conduzir essa trama. O suspense e o terror muito bem balanceado com o romance. Gage e Cybil me surpreenderam muito. Sempre os considerei áridos, frios, perto dos outros membros da equipe, mas foram eles os responsáveis pelo momentos mais emotivos da trilogia. No final, Nora provou que amizade, família e amor são as melhores coisas do mundo para a gente defender com unhas e dentes. E sangue e fogo e…

21 de março de 2009

Oito características minhas

 

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A Tonks me enviou esse selinho. Obrigada!!!

Vamos às regras:

  • Escrever uma lista com oito características suas  (personalidade)
  • Convidar oito parceiros de blog para responder
  • Comentar no blog de quem convidou
  • Comentar nos blogs dos convidados para que saibam da indicação
  • Mencionar as regras

Bom, vamos falar um pouco sobre mim:

  1. Sou bagunceira, mas daquelas que sabe onde cada coisa está. Aprecio a ordem e a organização, só não sou pratico essas coisas.
  2. Sou preguiçosa. Do tipo que prefere ficar em casa lendo a ir fazer compras (ou colocar as coisas em ordem). Se tenho algum tempo livre, aproveito para fazer  absolutamente nada – a não ser ler e brincar com a Mel (minha filha de quatro patas) 
  3. Tenho um vício: comprar livros!!!! É só ouvir falar ou ler algo que me interessa e já vou atrás. Minha pilha “para ler” está enoooooooooorme e ainda fico comprando mais. (Depois fico tentando entender quem adora comprar sapatos…)
  4. Adoro rir. Sempre que possível fico perto de pessoas que sejam assim também. Acredito em energia positiva e tento me cercar dela.
  5. Aprecio muito a solidão e o silêncio. Não descarto festas e badalações, mas prefiro os momentos só meu! (Acho que isso se deve ao fato de vir de uma família grande – 05 irmãs).
  6. Sou impaciente! Detesto esperar. Já sofri alguns revezes por causa dessa minha característica e estou tentando mudar, mas é difícil.
  7. Adoro conversar. Fazer comentários construtivos da vida alheia (nunca faço fofoca!!! rsrsrsrsrs). Observar o que acontece ao redor – seja no trabalho, na cidade, no país e no mundo – e sempre poder trocar idéias e ouvir opiniões. Acho muito bom falar e ouvir.
  8. Quando faço algo, me concentro muito – seja ler, trabalhar, estudar… – mas sei que minha menina fica me esperando, mesmo que às vezes ela durma rsrsrsrsrs. Aqui algumas fotos dela me fazendo companhia enquanto estou no computador. Apesar de me distrair com outras atividade, sempre arrumo tempo para brincar com ela.

MEL DORMINDO   Img00006

 

 

 

 

 

 

Não sigo muitos blogs, então fica difícil escolher aqueles para receberem esse selo (ainda mais que os que sigo já foram presenteados). Então vou ficar devendo as oito indicações.

19 de março de 2009

Selo

 

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Quero agradecer a Débora pela lembrança e pelo selo. Adorei!!!

Agora escolher 15 blogs vai ser difícil pois não acompanho muitos blogs, então vou ficar devendo essas indicações.

THE HOLLOW de Nora Roberts

TheHollowSignOfSevenTril1724_f Para Fox, Caleb, Gage e os outros moradores de Hawkins Hollow o numero sete anuncia a destruição – desde que, quando garotos, eles libertaram um demônio preso por séculos no momento em que misturaram seus sangues na Pedra Pagã…

O inocente ritual de união que fizeram resultou em sete dias de loucura a cada sete anos. E agora, com o temido sétimo mês se aproximando deles, os homens sentem a tempestade se formando. Já agora são atormentados por visões de morte e destruição. Mas esse ano eles estão melhor preparados, pois três mulheres que chegaram a Hollow se uniram a eles na batalha. Layla, Quinn e Cybil estão, de alguma maneira, conectadas ao demônio, assim como os homens estão conectados com a força que o prendeu.

Desde aquele fatídico dia na floresta, o advogado Fox tem sido capaz de “ler” às mentes dos outros, um talento que compartilha com Layla. Ele tem de conseguir a confiança dela, pois o elo que os une ajudará na luta contra a escuridão que ameaça engolir a cidade. Mas Layla está com problemas para aceitar sua recém descoberta habilidade – e com ela, a íntima conexão com Fox. Ela sabe que, assim que abrir sua mente, ela não terá defesas contra o desejo que ameaça consumir aos dois…

Nesse segundo livro vemos a aproximação entre Layla e Fox. E a continuação das descobertas e pesquisas em como se enfrentar o demônio.

Quando os meninos libertaram o mal, eles ficaram diferentes. Eles se curam rápido, mas não sem dor ou sofrimento. Se quebram um braço, sentem a dor do osso se emendando, se é queimadura, passam pelo processo doloroso da regeneração. Tudo isso é uma arma para ajudá-los a combater o demônio. Além disso, cada um tem um dom: Cal consegue ver o que aconteceu no passado. Fox sente o presente, o que está acontecendo e Gage tem vislumbres do futuro. As mulheres compartilham esse poder e quando eles se unem, ficam mais fortes.

Layla tem dificuldades em aceitar esse dom. Ela acha que é uma intromissão, que ler o que as outras pessoas sentem e pensam é invasão de privacidade. Mas seu maior medo é se abrir para Fox. Ela é super organizada e tem ajudado muito na pesquisa e detalhamento das ações tomadas pelo grupo. Apesar de ter dificuldades em aceitar e entender o que está acontecendo – principalmente por não ter ligação anterior com nenhum dos outros membros do grupo – ela não foge da luta e enfrenta tudo com muita coragem e determinação.

Fox é um personagem maravilhoso. Vindo de uma família de hippies, ele aprendeu desde cedo responsabilidade e respeito. Seus pais têm uma fazenda onde criaram seus filhos de forma amorosa e aberta. Jo e Brian são um casal verdadeiramente belo. A única coisa que Fox não segue é o vegetarianismo e a vida saudável. Ele acorda e abre uma coca cola – sua fonte de cafeína. Ama fast food. Mas, fora isso, é um filho devotado e um amigo leal.

Estou gostando do modo como Nora, apesar de focalizar sobre o casal principal, mostra o grupo como um todo. As descobertas, as interações, os sustos e ataques que o demônio faz ao grupo são interessantes e assutadores. A tensão vai crescendo e se encaminhando para o tudo ou o nada que terá lugar no livro final da trilogia – The Pagan Stone.

14 de março de 2009

BLOOD BROTHERS de Nora Roberts

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Tinha sido a Pedra Pagã por centenas de anos, muito antes de três meninos a circularem e derramar seu sangue em uma união de irmandade libertando sem querer uma força disposta à destruição…

A cada sete anos, tem uma semana de Julho em que os habitantes fazem coisas indizíveis. A loucura coletiva tornou-se conhecida nas fronteiras do município e deu a Hawkins Hollows a reputação de uma cidade possuída.

A lenda moderna atraiu a repórter e escritora Quinn Black a Hawkins Hollows com a esperança de transformar o assustador acontecimento no objeto de seu novo livro. Ainda é fevereiro, mas Caleb Hawkins, descendente dos fundadores da cidade, já começou a ver e a sentir a agitação do mal. Embora ele não consiga esquecer do começo do terror na floresta vinte e um anos atrás, os sinais estão mais fortes do que nunca. Cal precisará da ajuda de seus melhores amigos, Fox e Gage, mas, surpreendentemente, ele terá de contar com Quinn também. Ela também pode ver o mal que os locais não enxergam, de alguma forma conectando-a com a cidade – e com Cal. Conforme o inverno dá lugar à primavera, Cal e Quinn precisam se despir de suas inibições, rendendo-se ao crescente desejo. Eles formarão a pedra angular de um grupo de homens e mulheres unidos pelo destino, paixão e a luz contra aquilo que vem da escuridão…

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Cal, Fox e Gage são os melhores amigos. Nasceram no mesmo dia 07/07 e, no aniversário de 10 anos, resolveram acampar na Pedra Pagã. Foram escondidos de seus pais para o que consideravam uma grande aventura. Mas o que acabaram fazendo foi libertar um grande mal…

…Faltando poucos minutos para a meia noite, eles levantaram, três meninos com o rosto iluminados pelo fogo e pela luz das estrelas. Com o aceno de Gage eles entoaram juntos em vozes solenes e dolorosamente jovens:

- Nascemos dez anos atrás, na mesma noite, no mesmo horário, no mesmo ano. Somos irmãos. Na Pedra Pagã fazemos um juramento de lealdade e verdade e irmandade. Nós misturamos nosso sangue.

Cal prendeu a respiração e criou coragem para passar a faca pelo seu pulso primeiro. – Ai!

- Nós misturamos nosso sangue. – Fox trincou os dentes quando Cal cortou seu pulso.

- Nós misturamos nosso sangue. – E Gage permaneceu sem se mexer conforme a faca corria sua pele.

- Três por um e um por três.

Cal esticou seu braço. Fox, depois Gage, pressionaram seus pulsos cortados ao dele. – Irmãos em espírito, na mente. Irmãos de sangue por toda a eternidade.

Conforme ficaram em pé, as nuvens se partiram sobre a lua cheia, tornando-se névoa sobre as estrelas brilhantes. O sangue misturado deles pingou e caiu no chão queimado.

O vento explodiu com uma voz como um grito enraivecido. O pequeno fogo no acampamento cresceu rapidamente numa chama enorme. Os três foram levantados no ar como se uma mão os agarrassem e os jogassem. Luzes explodiram como se as estrelas tivessem caído.

Quando abriu a boca para gritar, Cal sentiu algo se enfiar dentro dele, quente e forte, para sufocar seus pulmões, para apertar seu coração em uma impressionante agonia de dor.

As luzes sumiram. Na densa escuridão soprou um frio tão gelado que paralisou sua pele. O som que o vento fazia agora era como um animal, como um monstro que vive dentro dos livros. Debaixo dele, o chão tremeu, puxando-o de volta quando ele tentou se arrastar para longe.

E algo saiu daquela escuridão gelada, daquele chão tremendo. Algo grande e horrível.

Olhos vermelhos sangue e cheio de… fome. Olhou para ele. E quando sorriu, seus dentes brilharam como espadas prateadas.

Ele pensou que morreria e que aquilo o engoliria, de uma vez só.

Mas quando voltou a si novamente, ele pode ouvir o próprio coração. Ele pode ouvir os gritos e chamados de seus amigos.

Irmãos de sangue.

- Jesus, Jesus, o que foi aquilo? Vou viu? – Fox falou numa voz fraca. – Gage, Deus, seu nariz está sangrando.

- O seu também. Alguma coisa… Cal. Deus. Cal.

Cal estava caído, de costas. Ele sentia o calor molhado do sangue em seu rosto. Ele estava abalado demais para se intimidar com isso. – Não consigo enxergar. – ele grasnou num murmúrio fraco. – Não consigo enxergar.

- Seus óculos estão quebrados. – com o rosto sujo de fuligem e sangue, Fox se arrastou até ele. – Uma das lentes está partida. Cara, sua mãe vai te matar.

- Quebrado. – Tremendo, Cal levantou a mão e tirou os óculos.

- Algo. Alguma coisa estava aqui. – Gage agarrou os ombros de Cal. – Senti algo acontecer, depois tudo ficou louco. Senti algo dentro de mim. Então…você o viu? Você viu aquela coisa?

- Eu vi os olhos dela. – Fox disse, e seus dentes batiam uns nos outros. – Precisamos sair daqui. Precisamos ir embora.

- Para onde? – Gage perguntou. – Embora sua respiração ainda estivesse alterada, ele pegou a faca de Cal do chão e a agarrou. – Não sabemos para onde ele foi. Era algum tipo de urso? Era…

- Não era um urso. – Cal falou calmamente agora. – Era o que estava aqui, nesse lugar, por muito tempo. Posso ver…posso ver. Parecia com um homem uma vez, quando queria. Mas não era.

- Cara, você bateu a cabeça!

Cal virou seus olhos para Fox, e as íris estavam quase negras. – Eu posso vê-lo e ao outro. – Ele abriu a mão do pulso que havia cortado. Na palma estava um pedaço de uma pedra verde manchada de vermelho. – Dele.

Fox abriu sua mão, e Gage a dele. Em cada uma estava uma pedra idêntica. – O que é isso? – Gage murmurou. – De onde diabos elas apareceram?

- Eu não sei, mas é nossa agora. Ah, uma em três, três em uma. Acho que deixamos algo escapar. E algo veio com isso. Algo ruim. Eu vejo.

Ele fechou os olhos um momento, então os abriu para olhar seus amigos. – Eu consigo ver, mas sem meus óculos. Eu enxergo sem eles. Não está embaçado. Estou enxergando sem meus óculos.

- Espera. – Tremendo, Gage tirou sua camiseta e virou de costas.

- Cara, elas sumiram. – Fox estendeu a mão e tocou as costas lisas de Gage. – Os vergões. Sumiram. E… – Ele estendeu o pulso onde a marca fina já estava se curando. – Puta merda, nós somos como super heróis agora?

- É um demônio. – Cal disse. – E nós o libertamos.

- Merda. – Gage olhou para a floresta escura. – Feliz bendito aniversário para nós.

 

Primeiro livro da Trilogia Sign of the Seven. Gostei muito do enredo. É um livro que prende a atenção e faz com que você fique virando as páginas imaginando o que vai acontecer. Tem cenas de terror dignas de Stephen King, mas com muito romance e humor também.

Quinn é uma mulher decidida e destemida. Ela enfrenta o perigo e o cotidiano com uma grande dose de humor e muita convicção. Gostei muito dela. Caleb, ao contrário, é fechado, reservado. Ele é muito corajoso também e faz de tudo pelos amigos.

O problema é que ele se sente responsável pela loucura coletiva que toma conta da cidade a cada sete anos. Ele e seus amigos, Fox e Gage, lutam para acabar com essa “maldição” e, para isso, resolvem que precisam de um novo olhar. É aí que entra Quinn.

Quinn consegue ver a manifestação do mal, assim como Cal e seus amigos. Isso é surpreendente por dois motivos: primeiro, ninguém, a não ser os três, viam esse demônio. Segundo, eles estão em fevereiro e as aparições não costumam acontecer antes de Junho. Isso significa que o mal está se fortalecendo.

No dia seguinte à chegada de Quinn, Layla chega à cidade. Ela também consegue enxergar o mal agindo. Isso prova que eles têm de se unir, apesar da óbvia resistência de Layla. Para completar, Quinn chama sua melhor amiga e pesquisadora, Cybil, para ajudá-la.

Conforme o mês vai passando, Quinn e Caleb vão se sentindo mais atraídos um pelo outro. E o mal também começa a agir, tentando afugentar as mulheres e separá-los. As descobertas que eles fazem vão revelando os segredos do passado e há agora uma chance de erradicar o mal de uma vez por todas, mas qual será o custo para eles?

Agora é acompanhar o desenrolar da história nos outros dois livros.

 

12 de março de 2009

ECSTASY de Jacquelyn Frank

 

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Entre os Shadowdwellers, Trace tem um poder pelo qual alguns estão disposto a matar. Sem a ajuda de uma estranha, um rival certamente teria sido bem sucedido, mas o quase encontro de Trace com a morte é menos surpreendente para ele do que sua reação à bela e frágil humana que o cura. Por direito, Trace deveria nem notar a existência de Ashla no reino do Shadowscape, mas ao invés disso, ele é atraído por tudo nela – sua inocência, sua coragem, e seu calor  sensual…

Depois de um terrível acidente de carro, Ashla Townsend acorda para descobrir que a efervescemte Nova York que ela conhecia está agora assustadora e desolada. Bem quando ela estava se convencendo estar sozinha, Ashla é confrontada por um guerreiro escuro que a atrai para a profundeza de um mundo que ela nunca julgou existir. A ligação entre Ashla e Trace é um mistério para ambos, mas procurar as respostas significa confrontar-se com segredos há muito escondidos, e descobrir uma ameaça que pode destruir tudo o que Trace julga precioso…

Jacquelyn Frank, para mim,  já se tornou uma autora a que cada livro lançado tem de ser comprado. É automático. Li os Nightwalkers (que estão sendo publicados no Brasil pela Nova Cultural) e agora comecei com os Shadowdwellers.

Ecstasy é o primeiro da série e nos apresenta a raçae o mundo e a cultura dos Shadowdwellers, seres que fazem parte dos Nightwalkers, mas que foram pouco retratados nos livros anteriores. Lembro-me de terem comparecido à Convenção Nightwalker  no final do livro de Damien e só.

Gostei muito do modo como JF fez a ambientação da história. Os ´Dwellers vivem nas sombras, sem iluminação a não ser a luz da lua e das estrelas – quando muito, luz de vela bem fraca. Mas ainda assim, ela conseguiu passar com riqueza de detalhes as roupas, móveis, cores e estilo de vida desses seres. Eles são morenos – algo entre o hindu e os índios. Olhos e cabelos escuros também. Ashla é completamente diferente deles. Loira, de cabelos quase brancos de tão claros, pele clara e olhos azuis. Tem uma foto no começo do livro que mostra a diferença.

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Outro fator interessante é a cultura e a formação social do povo. Eles são nômades, viajam conforme o inverno e para regiões onde o sol raramente aparece nessa estação. No livro, estão a caminho do Alasca onde praticamente fica a sede de governo deles. Há o rei e a rainha – que são os irmãos gêmeos Tristan e Malaya – e o Templo, cujo sacerdote-chefe é Magnus, pai adotivo de Trace.

Quando Trace conhece Ashla, eles estão na Dimensão das Sombras – Shadowscape. Essa dimensão, diferente da Dimensão Real (Realscape) é uma forma de os ´Dwellers viajarem sem enfrentar a iluminação de nosso mundo. É também a dimensão onde humanos em coma podem ser encontrados. Para Trace, que Ashla pudesse vê-lo e reagir a sua presença é um assombro. Os Losts (como são chamados os humanos em coma) nunca vêem ou reagem à presença deles. Para Ashla, ver um outro ser humano na Nova York apocalíptica em que se encontrava era uma bênção, o fim de sua solidão. É também o início de um relacionamento muito belo e cheio de perigos e sacrifícios.

Os ShadowDwellers saíram de uma guerra civil há pouco mais de dez anos e estão ainda estabelecendo as novas leis e fortalecendo o governo. Mas um traidor está tentando desestabilizar a paz e Trace e Ashla estão em seu caminho. Uma história que traz romance, suspense e que abre muito bem uma nova série. Muito bom!

7 de março de 2009

Propaganda Muito Interessante!

Vi esse vídeo em um blog e achei o máximo!!! Esses escoceses com Kilts e mal encarados são um charme, para nós que amamos esse tipo… e o vídeo também é muito criativo.

O LOBO DAS TERRAS ALTAS de Hannah Howell

Escócia, 1477

Vingança ou paixão?
Annora MacKay sente uma energia perturbadoramente maligna em Dunncraig, a propriedade adquirida por seu primo, um homem cruel e implacável. Somente a afeição que ela tem pela menininha que o primo afirma ser filha dele é que a impede de ir embora. Mas então, um homem misterioso chega ao castelo, e Annora não consegue parar de pensar nele, nem de desejá-lo...

James Drummond foi, no passado, um rico proprietário de terras. Hoje, um renegado sem pátria e sem lar, ele quer de volta o que lhe foi roubado: sua reputação, suas terras e sua filha. Seu disfarce para entrar em Dunncraig é apenas o primeiro passo do plano. Porém, a encantadora mulher de cabelos negros que adora sua filhinha é uma surpresa inconveniente... Porque James veio em busca de vingança, não de amor...

 

Estou lendo os livros da Hannah fora de ordem. Acho que só me falta o Anjo das Terras Altas para completar a coleção, mas vou lendo conforme estou com ânimo e pelo resumo.

Adorei esse do Lobo. James conseguiu superar até mesmo Sigimor – que era meu favorito até agora. Ele é apaixonado e lutador e honesto. Annora também é uma personagem fascinante! Uma mulher de nascimento bastardo que cresceu sendo jogada de um parente a outro, sem amor ou consideração, e que consegue ter tanto amor e dedicação para com uma criança e um povo que não são o seu é de muita grandeza.

Logo no começo, nas críticas, tem uma mulher – Harriet Klausner - que diz:

“ A paixão e a emoção que Hannah Howell imprime às páginas de seus romances são únicas! Em O Lobo das Terras Altas, o leitor chega a duvidar das chances de o casal sobreviver…”

E isso realmente me passou pela cabeça, tamanha crueldade e ferocidade dos vilões dessa história. Mas a tenacidade, luta pela justiça e o amor dos protagonistas é muito mais forte!

Um vislumbre de James e Annora:

“…Contudo, manteve as mãos em seus ombros, sem querer dar a impressão de que, saciado, não precisava mais dela. Fazer amor de forma apressada e impetuosa podia ser excitante, mas não permitia todas as carícias e palavras doces que mostravam a uma mulher que ela era importante. Distanciar-se apressadamente dela seria o mesmo que sair da cama, vestir-se e ir embora após o ato de amor. A última coisa que ele queria era que ela se sentisse usada ou, pior, que questionasse o próprio comportamento e lutasse para sufocar sua natureza ardente.

- Você é uma doçura bem-vinda no meio de toda a amargura que minha vida tem sido há tanto tempo – declarou, beijando-a na testa quando ela pressionou o rosto corado contra seu peito.

- Sou uma devassa terrível – ela sussurrou, aterrorizada ao perceber que não estava envergonhada.

- Não, moça, não é não. Se fosse, não teria sido uma virgem intocada na idade avançada de vinte e quatro anos. – Teve que se controlar para não rir quando ela levantou a cabeça para encará-lo.

- Idade avançada? – perguntou, surpresa ao reparar que a voz soava como o ruído que Mungo fazia quando encontrava outro gato desconhecido andando em seu território.

- Não quis dizer que você é velha, apenas que a maioria das mulheres tem um ou dois  homens antes de atingir essa idade….”

5 de março de 2009

A Arte de Correr na Chuva de Garth Stein

 

 

Enzo é um terrier que vive em Seatle com seu dono, Denny Swift, um piloto de corridas. Amigos inseparáveis, Enzo acompanha toda a trajetória de vida de Denny, desde sua luta para se tornar um piloto profissional bem-sucedido até seu encontro com Eve, o enlace de ambos e o nascimento da filha do casal.

Frustado por não poder falar, uma vez que não é humano, Enzo costuma acompanhar todas as corridas de Fórmula I pela teve, bem como tudo o que se passa à sua volta, até o dia em que uma fatalidade muda definitivamente a vida de todos.

Enzo é um cão com alma humana, que aprendeu tudo o que sabe assistindo aos programas de televisão e prestando atenção às palavras e ações de seu dono. É crítico, tem a postura típica de quem sabe o que quer e enxerga os problemas com muita clareza. E, além disso, tem uma missão essencial: ajudar Denny a superar as tragédias que assolam sua vida.

Como todo fiel escudeiro, Enzo é obstinado, mas não insensível ao mundo que o rodeia. Sofre com a dor dos humanos com os quais convive, e com a sua própria, decorrente de problemas de saúde que foram comprometendo sua integridade física. Apesar de tudo, guarda em seu íntimo um grande desejo: nascer humano em uma próxima encarnação.

Se você sempre quis saber o que se passa na cabeça de seu cão, este romance comovente e inesquecível de Garth Stein oferece a resposta.

Um livro maravilhoso! Apesar de alguns toques de auto-ajuda (tipo de literatura que não aprecio), é um livro que mostra como superar os obstáculos e como enfrentar a vida e as dores de uma forma consciente e heróica, usando metáforas de corrida. Nunca pensei na preparação e dedicação que um piloto deve ter, uma coisa que me surpreendeu mesmo e me fez olhar de forma diferente para esse esporte.

Já no primeiro capítulo, vemos um Enzo velho e doente, sofrendo dores e dificuldades para se locomover. Mas ele é muito amado por Denny, que cuida dele com carinho e atenção. Nem preciso dizer que chorei o capitulo inteiro. Logo depois ele começa a contar sua história e a de Denny, desde o dia em que foi comprado na fazenda, passando por toda a vida de alegrias, tristezas, indignação e traições e sempre juntos, uma equipe.

É interessante ver ele falando de quando Denny conheceu Eve. De como eles competiam pelo amor dele e se viam como rivais. Enzo é um narrador maravilhoso. Totalmente no domínio de sua função ele nos leva pelas passagens mais marcantes e consegue criar um certo suspense.Tem momentos em que ria e momentos em que chorava. A percepção de mundo de Enzo, seus comentários e explicações são fantásticos. Às vezes ele agia como um cão, mas na maior parte das vezes ele era um ser humano, com atitudes humanas.

Enzo viu um documentário certa vez que falava sobre os cães na Mongólia que “dizem que a encarnação seguinte do cachorro – um cão que está pronto para deixar suas qualidades de cachorro para trás – é como homem.” E esse era o sonho de Enzo. Voltar como homem e poder falar e ter um polegar e poder ajudar os outros e a correr.

Esse é um livro que fala de superação. Denny teve que superar inúmeros obstáculos e dificuldades para poder chegar onde queria. Enzo o ajudou e também teve seus obstáculos a superar. Um livro positivo, que fala do amor pelos animais e pela família e pelos amigos (Mike é o tipo de amigo a quem rezamos para ter sempre por perto, aquele que não te deixa na mão e está sempre pronto a te ajudar). Mostra que a vida pode ser difícil e cruel às vezes, mas é boa e deve ser vivida em plenitude.

Exemplos da fala de Enzo:

…Para mim, é frustrante não conseguir falar. Sentir que tenho tanto a dizer, tantas maneiras de ajudar, mas que estou preso em uma caixa à prova de som, em uma cabine isolada a partir da qual posso ver e ouvir o que está acontecendo, mas é como se tivessem tirado meu microfone e não me deixassem sair. É o tipo de coisa que pode levar uma pessoa à loucura. Certamente levou muitos cães à loucura…

“…Quanto a mim, fui encontrando formas de contornar a loucura. Treino minha maneira humana de andar, por exemplo. Treino a mastigação lenta da comida, como fazem os humanos. Estudo os programas da televisão para descobrir dicas sobre comportamento e para aprender a reagir em determinadas situações. Na minha próxima vida, quando eu nascer de novo como pessoa, serei praticamente um adulto no momento em que sair do útero, por causa de toda a minha preparação…”

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"Na Mongólia, quando morre um cachorro, ele é enterrado no alto de uma montanha para que as pessoas não possam andar sobre seu túmulo. O mestre do cachorro sussurra no ouvido do cão o seu desejo que ele volte como homem na próxima vida. Então, o seu rabo é cortado e colocado debaixo da sua cabeça, e um pedaço de carne ou gordura é colocado em sua boca para sustentar sua alma em sua jornada; antes de reencarnar, a alma do cão é libertada para viajar pelo país, para correr pelas planícies do deserto durante o tempo que quiser.

Vi isso num programa do National Geographic Channel, por isso acredito que seja verdade. Nem todos os cães voltam como homens, eles dizem; só os que estão preparados.

Estou preparado.”

Algo de Denny:

- Os pilotos tem medo da chuva – Denny nos contou – Com a chuva, os erros se amplificam, e a água na pista pode tornar o controle do carro imprevisível. Quando acontece alguma coisa inesperada, você precisa reagir; se reagir em alta velocidade, significa que está reagindo tarde. É por isso é preciso ter medo.

- Eu fico com medo só de olhar – Eve falou.

- Se eu fizer algo com o carro intencionalmente, posso prever o que vai acontecer. Em outras palavras, só é imprevisível se não tenho…o controle.

- Então você deixa o carro rodar antes que ele rode sozinho?

- Exatamente! Se eu inicio a ação, quer dizer, se deixo o carro um pouco solto, sei o que vai acontecer antes de que aconteça. Então posso reagir mesmo antes que o carro saiba o que está acontecendo.

 

 

 

3 de março de 2009

Recebi um Selo!!!

 

Quero agradecer à meninas do blog Vampiros Jogam Baseball pelo belo selo que recebi.

Esse_Blog_Vale_Ouro

 

 Obrigada!!!

Indico:

Yes Please

Romances in Pink

Meninas da Bahia

2 de março de 2009

DARK WARRIOR UNLEASHED de Alexis Morgan

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Ranulf Thorsen, um defensor Talion, vem servindo sua gente por mil anos, levando a  justiça do olho-por-olho pela qual se povo vive. Cansado dos séculos de batalha, o bárbaro guerreiro com frios olhos azuis se isolou em uma montanha longe do caos do mundo moderno. Agora ele foi convocado para encarar a mais perigosa batalha de sua vida – e o destino de seu povo está em risco.

Ranulf e seu rival e companheiro Talion, Sandor Kearn, devem encontrar o renegado Kyth que provocou um violento incêndio em um nightclub. Uma heroina incomum do quase fatal incêndio, Kerry Logan, também é Kyth, possuindo a incomum habilidade do antigo povo nórdico de manipular a energia humana. Ela apenas ainda não sabe disso.

Kerry encontra mais do que conforto no abraço de seu guerreiro, e Ranulf anseia em defender e tomar a pequena prodígio para si mesmo. Mas com o tempo se esgotando e as vidas deles em risco, conseguirá Kerry acreditar na fantástica história que ele está contando e dominar seus poderes…antes que seja tarde demais?

Primeiro livro da série Talions de Alexis Morgan. Confesso que tinha esse livro já há algum tempo, mas estava com receio de ler. Adoro a série Paladins (da mesma autora) e tinha medo de que essa não fosse tão boa. Ledo engano…não consegui largar o livro!

Gosto muito de romances sobrenaturais pois me encanta observar a construção de um novo mundo. Nesse livro, surge os Kyth – uma raça que surgiu no norte da Europa (são nórdicos) e cuja principal característica é se alimentar das energias humanas. Ao mesmo tempo, alguns Kyth com habilidades especias, podem ajudar a curar e a ajudar os humanos transmitindo energia. Os Talions fazem parte da elite guerreira dos Kyth, mais poderosos e fortes. Os Kyths são uma sociedade matriarcal, e a rainha é a Dama Judith.

Ranulf vem caçando os renegados e fazendo valer a justiça dos Kyth, que é a do olho-por-olho já há 1000 anos. Ranulf é um guerreiro viking ruivo, enorme de de frios olhos azuis. Ele está cansado e querendo se aposentar, mas surge mais um renegado a ser enfrentado. Os renegados são Kyth que passaram a se alimentar de energias como o medo, a dor, a morte, e por isso devem ser detidos.

Esse renegado em especial provoca um incêndio em um nightclub, onde, se não fosse pela coragem e pensamento rápido de Kerry, poderia haver uma carnificina. Ranulf ouve sobre o incêndio e corre para tentar ajudar ou conseguir identificar o bandido. Ele e Kerry ajudam as pessoas a sairem do clube e, ao tocá-la, ele sente que ela também é Kyth, e o principal, ela parece não saber de sua herança.

O incendiário ficou no local pois queria se aproveitar das energias negativas, e ele também percebeu que Kerry era uma deles. Agora, Ranulf e Sandor, um talion mais jovem e que não gostava do viking, devem proteger e ensinar Kerry seu lugar no mundo. Apesar de Sandor ser o charmoso e diplomata, é por Ranulf que Kerry se sente atraída.

Entre perigos, perseguições, muito romance e uma luta alucinante, o livro cumpre o papel de entreter e mostrar esse novo universo sobrenatural que terá continuação no livro de Sandor. Muito bom!!!